O ciclo de protestos iniciado em Sidi Bouzid na Tunísia no fim de 2010, no bojo da crise financeira de 2008, trouxe um recado contundente: “a estabilidade está morta”. É nesse contexto que um terremoto político sacudiu o Brasil no mês de junho de 2013 - desencadeando uma série de lutas e um número recorde de greves.
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Assim como não podemos condenar a Revolução Francesa por causa da ascensão do bonapartismo, não podemos condenar as Jornadas de Junho por causa da reação conservadora e ultraliberal que ganhou musculatura e financiamento a partir do final de 2014, surfando na onda macarthista da Lava Jato - que criminalizava a esquerda nas ruas e nas urnas.
Nas avaliações históricas há o perigo de se cair numa ilusão de ótica anacrônica que faz uma interpretação das lutas do passado somente pelos seus resultados do presente. A faísca de Junho de 2013 não foi a semente reacionária em que vivemos. Os manifestantes queriam mais serviços públicos, não o nacionalismo protofascista e neoliberal de Bolsonaro.
Junho de 2013 rompeu com os consensos da política institucional na democracia liberal e a lógica do dissenso voltou a se impor. Enquanto forças bolsonaristas e liberais recorrem ao medo para que um outro mundo não seja desejado, a tarefa da esquerda deve ser a de superar o imobilismo. Nossa obrigação é propor outros mundos e lutar por eles.
Das Jornadas de Junho de 2013 ao antagonismo do processo neoliberal de "arenização" dos estádios e à ascensão do bolsonarismo, as torcidas antifascistas vêm se proliferando pelo país. Hoje, na linha de frente da luta em defesa da democracia, as práticas e a cultura de torcedores têm muita a ensinar a tradicional militância progressista.
Como uma praça pública para onde confluem manifestações, vozes e debates, a missão jacobina é ajudar a florescer o movimento.
Em 2011, buscando a causa de um vazamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, uma equipe de manutenção encontrou seis mensagens de operários que…
Por que a neoindustrialização ecológica é do interesse da vasta maioria.
Prefeito Ricardo Nunes lança ideia de olho nas eleições de 2024, mas também porque o modelo de financiamento baseado na receita das catracas não é mais viável. Rede municipal encolheu e Passe Livre pode ser a salvação, mas precisa ser alicerçado em transparência e participação social.