A direita colombiana fez tudo o que estava ao seu alcance para minar Gustavo Petro. No entanto, isso não impediu o primeiro presidente de esquerda do país de implementar reformas extremamente ambiciosas em prol da classe pobre e trabalhadora na Colômbia.
Artículos publicados por: Carlos Cruz Mosquera
é doutorando e professor associado na Queen Mary, University of London. Ele é especialista em analisar o "poder civil" da União Europeia na América Latina e seu papel na manutenção do status quo neoliberal na região.
Os recentes protestos de jovens negros e pobres na Colômbia, em levantes radicais que abalaram as principais capitais, assustaram liberais e moderados, mas ajudam a entender a dinâmica racista do país e o deslocamento da política à esquerda.
A eleição da semana passada na Colômbia teve o melhor resultado para a esquerda em décadas e confirmou Gustavo Petro como favorito para se tornar o primeiro presidente socialista do país. É uma grande mudança em um país que é dominado há 200 anos por oligarquias familiares de direita apoiadas pelos EUA.
Usando mais uma vez os argumentos da Guerra Fria, a mídia e os EUA tentam influenciar as próximas eleições em seu antigo "quintal", como disse Joe Biden recentemente. Mas a guinada à esquerda na Colômbia está se consolidando a medida que a candidatura de Gustavo Petro avança.