O Brasil tem diante de si o desafio dramático e inadiável de enfrentar o golpismo militar. Novo livro indica o caminho: fim do conceito "inimigo interno", mudando o artigo 142, rígido controle civil e descolonização educacional, fazendo os militares reverenciarem heróis como Tiradentes e João Cândido - ao invés de um general-duque como Caxias.
Artículos publicados por: Jeferson Miola
é jornalista, integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea) e ex-coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial.
A mídia e a direita defendem um Banco Central "independente" do governo, mas prisioneiro do mercado, e uma política de preços na Petrobras imposta após o golpe de 2016. Para que Lula não fique refém da pilhagem financeira internacional, precisamos pressionar o governo e mobilizar as ruas.
Como no tempo da ditadura, as Forças Armadas estão no centro do terrorismo golpista que barbarizou Brasília no último domingo. Agora, o novo governo precisa aproveitar a coesão antifascista das ruas, a comoção institucional e a solidariedade da comunidade internacional para adotar algumas medidas inadiáveis para salvar nossa democracia.
O Exército precisa começar a trabalhar e dissolver os acampamentos golpistas amotinados sob áreas militares. Senão fizer antes da posse do Lula, estará sendo cúmplice de incubadoras de terroristas.