Graças ao nacionalismo míope e ao poder corporativo, estima-se que vamos levar até 2078 para que toda a população mundial esteja vacinada. A lição é clara: a COVID não será superada até que priorizemos as necessidades humanas frente ao lucro privado.
Artículos publicados por: Luke Savage
é colunista da Jacobin.
Bilionários como Richard Branson, Jeff Bezos e Elon Musk são parasitas e socialmente inúteis. Mas eles precisam justificar os lucrativos contratos governamentais – uma das grandes ironias da indústria espacial privada é que ela depende de muito dinheiro público – e por isso estão fingindo ser astronautas.
As patentes já foram vistas como uma recompensa financeira temporária para os inventores. Hoje em dia, porém, elas se tornaram uma barreira para o desenvolvimento humano com a "propriedade intelectual" supostamente inviolável que enriquecem bilionários como Bill Gates.
Estima-se que Elon Musk seja proprietário de mais de um quarto dos satélites que orbitam a terra atualmente. Embora sua fantasia de tornar-se o imperador de Marte provavelmente não se concretize, devemos reduzir o poder desenfreado de bilionários como ele, que parecem vilões de filmes do James Bond, antes que ele se espalhe da terra para os céus.

Após a crise de 2008, um sentimento fugaz de possibilidade radical deu lugar a uma onda conservadora de cortes e privatizações. Depois da pandemia, um levante radical para superar as deficiências do neoliberalismo pode voltar às ruas, enquanto a elite prepara políticas de austeridade novamente - fazendo com que o povo pague a conta e os ricos fiquem mais ricos.
Marcas como Pepsi, Nike e Amazon estão abraçando o movimento Black Lives Matter nas redes sociais. Não se deixe enganar: o anti-racismo corporativo não é uma questão de solidariedade - é apenas uma campanha de marketing.
Os liberais contemporâneos são reféns do conservadorismo – e o que eles querem conservar é uma ordem política moralmente falida.
Em 2016, descobrimos que, para alguns "progressistas", o melhor momento para radicalizar é nunca. Em 2020, não podemos aceitar essas falácias liberais.