O encontro do Foro de São Paulo terminou mês passado e deixou mais uma vez a mídia e a direita empolvorosas. O evento, criado por Lula e Fidel nos anos 90, reúne forças progressistas para tratar do imperialismo na América Latina e já garantiu posse democrática em diversos países assolados por ameaças e golpes militares.
Artículos publicados por: Nathália Urban
é uma jornalista independente e comentarista política, anti-imperialista. Nascida no Brasil mas radicada na Escócia.
Presidente peruano foi deposto sem direito à defesa e está detido há seis meses. O governo de sua vice, articulado dentro da embaixada dos Estados Unidos, é marcado pela repressão contra manifestantes, conforme denuncia a própria ONU. Nesse cenário explosivo, a oligarquia peruana aprovou a entrada de tropas norte-americanas no país.
Com o desmonte da fiscalização e o incentivo ao agronegócio, garimpo e madeireiros, o Brasil tem tido os piores índices de desmatamento sob o governo Bolsonaro. Mas os povos indígenas estão mais mobilizados do que nunca para defender as florestas e evitar o colapso climático. Essa é a avaliação da ativista indígena Txai Suruí na conversa que teve com a Jacobin Brasil.
Conversamos com escritor e frade dominicano Frei Betto, que enfrentou a ditadura e participou do governo Lula, para entender onde abrimos o flanco para o surgimento do neofascismo e resgatar o histórico da luta anti-imperialista desde a antiga Palestina com Jesus até o século XXI na América Latina. Para ele, com as eleições na Colombia e Brasil ano que vem, temos um "Luiz no fim do túnel".
Partido de extrema direita da Espanha, fundado há poucos anos, reivindica a herança colonial, aprofunda relação com a família Bolsonaro e Steve Bannon e almeja reorganizar a direita global – em um momento em que os movimentos indígenas são a ponta de lança da resistência.
Desde os “meninos de Steve Bannon” até os neofranquistas na Espanha: quem são as figuras da extrema direita mundial que estão ao lado de Bolsonaro para enfrentar "o esquerdista mais perigoso do mundo" num confronto que definirá os rumos da política global pela próxima década.
Em meio a ataques golpistas de Jair Bolsonaro, delegação internacional formada por sindicalistas, ambientalistas e políticos vem ao país atendendo pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) para apoiar a resistência dos povos tradicionais e camponeses, além de colher mais dados para denunciar a devastação ambiental patrocinada pelo governo.
Após restabelecer a democracia, o governo boliviano obteve documentos inéditos nas embaixadas que revelam como o ex-presidente argentino Mauricio Macri apoiou o golpe que solapou a democracia do país em 2019. Agora, os governos do Brasil e Chile entraram na mira das investigações que prometem desnudar como a nova Operação Condor fracassou na América Latina.
Apesar da brutal repressão policial, e da pandemia, feministas, sindicalistas, indígenas, estudantes e outros movimentos sociais tomaram as ruas das principais cidades do país. A mobilização, que já dura 2 meses, está derrubando a agenda neoliberal do governo. Os bairros mudaram sua dinâmica para dar suporte ao movimento, oferecendo brigadas médicas, refeitórios comunitários e muitas intervenções culturais.