Embora tenha sido tragicamente extinta pela ascensão do fascismo, a Viena Vermelha foi uma ilha de organização socialista e poder dos trabalhadores que merece ser lembrada.
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Cinco décadas após a febre do Brutalismo, a maior parte da discussão sobre esses edifícios gira em torno de sua demolição. Infelizmente, a visão social radical que impulsionou a sua ascensão foi em grande parte esquecida.
A arquiteta vienense Margarete Schütte-Lihotzky faleceu neste em 2000. Ela ficou conhecida como a designer da cozinha de Frankfurt, precursora das cozinhas modernas, mas poucos sabem que seu trabalho foi influenciado por sua ideologia comunista - que fez ela se juntar à resistência antinazista.
Brasília é símbolo de um projeto nacional que aliou o colonial e o moderno como mecanismos de reprodução social. A sua lógica de segregação espelha e radicaliza a dinâmica da urbe brasileira e, por isso, entendê-la é fundamental na construção de alternativas desde os debaixo.
Um novo livro, Carmageddon, revela como o automóvel tornou nossas vidas mais perigosas e menos democráticas. A alternativa – transporte confiável e com financiamento público – deve estar no centro de qualquer visão progressista para o futuro.
Precisamos de um urbanismo socialista e feminista: socialista na medida em que seja capaz de mobilizar tempo e recursos de forma planejada para além da sobrevivência para uns e lucratividade para outros; e feminista na medida em que esteja consciente e comprometido com a superação da divisão sexual do trabalho.
Do desenho ao canteiro: o arquiteto socialista Sérgio Ferro explica a Arquitetura Nova e a crítica marxista à construção civil.
As piscinas na cobertura não deveriam ser uma exclusividade dos ricos. A Alt-erlaa, o conjunto habitacional vienense que é provavelmente o mais longe que a social-democracia do pós-guerra chegou a uma visão do verdadeiro luxo comunal, prova que nossas cidades poderiam ser diferentes se nossa classe política quisesse.
Um Green New Deal não poderá alavancar o emprego e proporcionar justiça econômica ou ambiental sem enfrentar a crise da habitação. Devemos dar um grande passo e construir 10 milhões de casas bonitas, públicas e com zero emissão de carbono ao longo dos próximos 10 anos para ter um impacto real e transformar as cidades.