Oscar Wilde é conhecido hoje por seu humor satírico, mas manteve um interesse profundo por assuntos políticos – que o levaria ao nacionalismo irlandês, ao sufrágio feminino e à luta contra o capitalismo.
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Fundadora da escola de dança profissional mais antiga dos Estados Unidos, Martha Graham recusou-se a se apresentar nas Olimpíadas nazistas e criou um palco longevo de dissidência política. A dança moderna tem ligações profundas com a política radical – e os protestos daqueles que saíram da retaguarda.
Nos últimos 70 anos, Augusto de Campos nos presenteou produções que revolucionaram – mais de uma vez – a poíesis em língua portuguesa. Hoje, o poeta completa 90 anos. Considerando isso, convidamos seu editor, Vanderley Mendonça, para escrever sobre a vida deste que é, sem dúvidas, a expressão máxima do concretismo brasileiro.
Há exatamente 1 ano, o longa de Bong Joon Ho se tornou o primeiro filme não falado em inglês a vencer o Oscar de melhor filme. O brilhantismo de Parasita não se encontra em nenhuma alegoria política tecida pelo filme, mas sim na descrição das realidades cruéis de tentar se dar bem em um sistema capitalista configurado contra você.
Disponível na Netflix, O Gambito da Rainha mostra um mundo da Guerra Fria longe dos habituais clichês hollywoodianos de norte-americanos amantes da liberdade enfrentando os malvados totalitaristas russos. Os vilões dessa trama não são os rivais soviéticos da nossa heroína no tabuleiro, mas sim os tiranos da classe média dos subúrbios dos EUA.
O crescimento da massa evangélica apresenta enormes questões à esquerda. Se por um lado o cristianismo é a marca da colonização e da exploração, por outro, a maioria dos evangélicos são trabalhadores não-brancos, o que levanta um ponto muito importante sobre o significado da fé cristã na disputa política e a necessidade de uma inversão de perspectivas estratégicas.
Michael Moore tem defendido os direitos e interesses dos trabalhadores por décadas. No entanto, seu novo filme, “Planeta dos Humanos", abraça narrativas anti-humanistas e anti-classe trabalhadora, de superpopulação e consumo excessivo.
Tanto o hip-hop quanto o punk floresceram do colapso social criado pela crise econômica dos anos 1970. Mas onde está a música do nosso desastre do século XXI?