Governo Bolsonaro segue a mesma estratégia falida de Boris Johnson, premiê de extrema-direita do Reino Unido que diagnosticou estar infectado pelo coronavírus, e Itália, país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 6 mil mortes. Para não cairmos que nem eles na falácia do “isolamento vertical”, precisamos de investimento público, distanciamento físico e solidariedade social.
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A pandemia do coronavírus revelou à sociedade algo muito simples que os socialistas sempre defenderam: são os trabalhadores de baixa remuneração que fazem nossa sociedade funcionar cotidianamente — e não banqueiros, grandes proprietários de terras ou CEO’s.
À medida que a pandemia da COVID-19 se intensifica, nossas classes dominantes estão chegando à conclusão de que, na disputa entre perda de lucro e perda de vida, elas escolhem, tenebrosamente, a segunda opção.
A pandemia do coronavírus impõe enormes desafios econômicos - é hora de enfrentá-los com políticas que promovam tributação progressiva, industrialização estratégica, revitalização de bancos públicos, cancelamento de dívidas e a solidariedade internacional. Não podemos mais dar soluções privadas para problemas públicos.
Como argumenta o geógrafo marxista David Harvey, quarenta anos de neoliberalismo deixaram a população totalmente exposta e mal preparada para enfrentar uma crise de saúde pública na escala do coronavírus.
Em 2008, as elites nos disseram para não "politizar" o colapso financeiro e acabamos passando por uma década de austeridade no ocidente enquanto a China salvava a economia global de uma nova Grande Depressão. A crise do coronavírus reformulará a economia e agora é a hora de apresentarmos os argumentos certos para não repetirmos os mesmos erros.
À medida que o coronavírus se espalha rapidamente pelo mundo, ultrapassando nossa capacidade de combate-lo, o "inimigo invisível" revela o inevitável: um capitalismo global impotente diante de uma crise biológica. Precisamos construir urgentemente uma infraestrutura de saúde pública internacionalmente adequada.
As medidas de austeridade não economizam dinheiro realmente. Mas elas enfraquecem o poder dos trabalhadores. É por isso, acima de tudo, que os governos as seguem.
O coronavírus está reforçando o argumento antimonopólio - fontes únicas de suprimento para todos os tipos de necessidades médicas essenciais estão levando à escassez e podem causar prejuízos à saúde pública e aumento de preços nos medicamentos.