Faz tempo que os chilenos sabem sobre a Colonia Dignidad, um assentamento alemão no Chile retratado no seriado da Netflix Colônia Dignidade: Uma Seita Nazista, cujos membros cometeram incontáveis atos de pedofilia, assassinato e tortura. Mas não é muito conhecida a cumplicidade da direita com esses crimes.
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Incapaz de criar novos universos, a industria cultural tem apostado em monetizar nossas nostalgias. Mas a obsessão contemporânea com universos paralelos e franquias do passado talvez seja, paradoxalmente, mais um sintoma de nossa incapacidade de pensar novos futuros.
Já que seus colegas radicais alemães abraçaram a violência nos anos 1970, o lendário cineasta Rainer Werner Fassbinder decidiu celebrar outro caminho rumo à emancipação política: a luta de classes em seu local de trabalho.
A segunda temporada de The White Lotus, a sátira propulsiva da HBO, tem mais questões sexuais do que qualquer outra coisa. Mas não perde de vista a crítica de classe afiada que também animou a primeira temporada.
Um novo documentário que narra a ascensão de Jair Bolsonaro é interessante e tem um impressionante acesso a familiares e ex-ministros do governo. Mas ignora o fato de que as crises do Brasil estão enraizadas no desenvolvimento do capitalismo tardio, não apenas na ascensão de uma família de fanáticos reacionários.
O diretor Jean-Luc Godard morreu aos 91 anos. Muitos de seus filmes exploram as lutas do período pós-68 – mas mesmo seu trabalho menos explicitamente político nos dá uma mensagem utópica de liberdade criativa, onde os espectadores são emancipados da rigidez estupidificante do cinema capitalista.
A série de filmes Mad Max de George Miller se tornou sinônimo do gênero pós-apocalíptico. Em sua essência, no entanto, os filmes não são tanto uma previsão do futuro, mas sim uma denúncia da barbárie climática do nosso presente capitalista e do individualismo implacável que o mantém.
Em 1981, Warren Beatty dirigiu Reds, uma resgate do clássico relato em primeira mão de John Reed sobre a Revolução Russa. O filme ainda hoje se apresenta como uma das maiores e mais fiéis representações revolucionárias feita para o cinema - o último suspiro da Nova Hollywood.
Dedos de cachorro-quente, um guaxinim falante e karatê com plug anal. Tirando os absurdos, o filme é um conto profundamente (e às vezes excessivamente) sentimental sobre uma família lutando para sobreviver.