Matrix Resurrections apresenta um caso convincente de que a franquia Matrix está nos mantendo conectados à Matrix. Infelizmente, isso está nos esgotando e estamos começando a tratar as pessoas na vida real como fazemos nas redes sociais — cruelmente.
Posts published in Filme e TV
A trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi nos apresentou um garoto da classe trabalhadora do Queens que lutava para salvar sua cidade e pagar o aluguel. Mas agora, sob a direção da Disney, o Peter Parker tem novos benfeitores milionários remodelando o que significa ser um super-herói.
O filme de Gillo Pontecorvo de 1966, "A Batalha da Argel", imortalizou a luta argelina contra o domínio colonial francês. Saadi Yacef, que faleceu aos 93 anos, se destacou entre as estrelas do filme, pois ele também foi um líder fundamental da luta armada na vida real.
O filme de Carlos Marighella, que estreia hoje nos cinemas, é um excelente esforço cultural para divulgar a vida e ousadia do guerrilheiro. Mas comete o mesmo deslize do filme que retrata a luta de Carlos Lamarca, ao delegar às suas companheiras, Clara Charf e Iara Iavelberg, um papel secundário e apolítico na resistência durante a ditadura.
A grande enxadrista soviética, Nona Gaprindashvili, está processando a Netflix por menosprezar suas conquistas na série Gambito de Rainha. Sua carreira mostra que não precisamos de histórias fictícias de ascensão social, mas de Estados de bem-estar que nos permitam realizar nosso verdadeiro potencial.
A compra da MGM pela Amazon é apenas um dos últimos exemplos de como o monopólio das grandes empresas de tecnologia, as Big Tech, estão promovendo uma transformação na indústria cultural. Artistas, trabalhadores e o público destes filmes que vão sofrer com as consequências.
A brilhante série The White Lotus da HBO nos lembra que a sociedade de classes está em todos os lugares, até mesmo em uma ilha tropical – algo que a televisão tradicionalmente faz o possível para esconder.
A nova série documental de Raoul Peck na HBO, Exterminate All the Brutes, não é fácil de assistir – mas é importante como ferramenta de educação popular para compreender os 600 anos do desenvolvimento supremacista branco ocidental associado ao colonialismo, à escravidão e ao genocídio.
Com um personagem sem teto, boxeador e da periferia de Tóquio, Ashita no Joe capturou o espírito de sua época, nos agitados anos 60, e se tornou um fenômeno da cultura pop japonesa - influenciando as lutas do movimento estudantil e militantes do Exército Vermelho.