Na mais recente cúpula do Brics, realizada na cidade russa de Kazan, ocorreu mais uma expansão do bloco, com novos países na condição de parceiros, avançando o projeto de integração entre o Sul Global. Mas o veto brasileiro ao ingresso da Venezuela foi um equívoco histórico é o que diz o historiador Marco Fernandes, que estava lá para testemunhar o evento.
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A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni costumava condenar os “globalistas” liberais que minavam a soberania nacional. Na semana passada, ela aceitou o prêmio Global Citizen Award do Atlantic Council, em reconhecimento ao seu papel como aliada servil de Washington.
Emmanuel Macron excluiu a possibilidade de nomear um governo liderado pela maior força no parlamento, o bloco de esquerda do Nouveau Front Populaire. Sua recusa confirma um argumento há muito defendido pelos socialistas: é hora de acabar com os poderes monárquicos do presidente francês.
Uma força internacional patrocinada pela ONU foi enviada ao Haiti com a função de reprimir a violência das gangues. No entanto, a força das gangues está indissociavelmente ligada ao caráter do Estado haitiano e seus vínculos com as elites econômicas, tanto internas quanto externas.
Tendo se colocado em uma situação difícil ao lançar uma guerra que já matou 40 mil palestinos e falhou em derrotar o Hamas, Israel redobrou suas ações, provocando uma guerra maior com o Irã e o Hezbollah para envolver os EUA contra inimigos que não pode vencer sozinho.
Enquanto a guerra de Israel em Gaza tem causado um sofrimento imensurável aos palestinos, seu conflito com o Hezbollah representa uma ameaça existencial à região. Apesar disso, Israel está buscando ativamente uma guerra maior.
O ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, foi preso nos EUA por tráfico de drogas. Mas o narco-Estado que ele governava foi um produto da política externa de Washinngton e do golpe apoiado por eles contra o governo de esquerda de Manuel Zelaya.
Antes das eleições na França, os comentaristas esperavam que os eleitores punissem o France Insoumise (França Insubmissa) por sua forte posição pró-Gaza. Entretanto, isso não aconteceu. Em toda a Europa, os eleitores de esquerda estão galvanizados por partidos que desafiam o consenso pró-Israel.
Nas eleições francesas de julho, o France Insoumise (França Insubmissa) de Jean-Luc Mélenchon superou novamente as expectativas. O foco no líder e no programa tem se provado uma boa estratégia eleitoral, mas sua estrutura excessivamente centralizada arrisca minar sua sustentabilidade a longo prazo.