O principal crítico literário e cultural marxista do mundo, Fredric Jameson, nos deixou esse final de semana. Ao longo da sua carreira, ele se opôs às abordagens reducionistas da cultura e a uma tradição de leitura atenta à política. Seu último livro mostra-o no auge de seus poderes, esculpindo uma nova alternativa.
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Embalada numa linguagem impenetrável, a “decolonialidade” des-historiciza e culturaliza o colonialismo. É um beco sem saída político e intelectual para os socialistas.
Os teóricos da Escola de Frankfurt queriam promover um marxismo crítico que não fosse prejudicado pelo determinismo econômico unidimensional. Ao fazer isso, eles também se basearam no pensamento de Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud.
O socialismo ganha força novamente na vida das pessoas - e a direita tem surtado com isso. Os socialistas precisam explicar o que realmente defendemos: falar às pessoas sobre como cada aspecto de suas vidas é conduzido.
Nos últimos anos, as redes ajudaram a espalhar os mantras liberais, negacionistas e fudamentalista, aprofundando ainda mais as crises que esses mesmos conceitos criaram. A esquerda precisa retomar a tradição marxista e trabalhar coletivamente em prol de um horizonte transformador radical - e não se reconfortar em disputar narrativas e gerir as ruínas do neoliberalismo.
O neoliberalismo pode não estar morto, mas já não é a ideologia inquestionável do nosso tempo. Isto deixa uma enorme abertura para aqueles da esquerda que querem ver uma ordem política e econômica baseada na democracia e na solidariedade, em vez da busca desenfreada por lucro.
A socióloga Stephanie L. Mudge analisa como e porque os partidos de centro esquerda no mundo todo engoliram o evangelho neoliberal — acabando por demolir sua própria base social.
O escritor, jornalista e sociólogo marxista peruano José Carlos Mariátegui nasceu em 14 de junho de 1894. Ele foi o marxista mais original da América Latina e a sua obra é extremamente relevante para confrontar o atual retrocesso da direita no continente.
O capitalismo de vigilância e a cultura da vergonha no mundo digital, produzem patologias narcísicas profundas sobre as pessoas na atualidade. (Via unsplashed)