O trabalho infantil foi comum na América urbana e industrial durante a maior parte da história do país. Agora está fazendo um retorno perturbador: legisladores estão empreendendo esforços conjuntos para enfraquecer ou revogar estatutos que proíbem o trabalho infantil.
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Há quase 50 anos, o metalúrgico e economista Harry Braverman publicou Trabalho e capital monopolista. Ele mostrou como os patrões usam a tecnologia para desempoderar os trabalhadores — mas, ao assumir o controle do processo de trabalho, os trabalhadores podem se libertar do trabalho árduo.
A ideia de que a Inteligência Artificial (IA) acabará com todos os nossos empregos está gerando muitas manchetes apocalípticas. Não é surpresa o porquê: em uma sociedade sem um Estado de bem-estar social igualitário e políticas pró-trabalhador, a realocação de mão de obra pode ser um desastre.
Em vez de trabalho controlado por plataformas e Big Techs, precisamos de plataformas controladas pelos trabalhadores. Isso só será possível se articularmos o histórico latino-americano de economia solidária e tecnologias livres para prefigurar futuros digitais alternativos.
A Inteligência Artificial pode eliminar alguns trabalhos administrativos e baratear a produção cultural. Mas o que definitivamente não fará é ajudar-nos a cuidar uns dos outros numa época de mudanças demográficas, crise climática e ascensão da extrema direita.
No capitalismo, a automação destrói empregos. Sob o socialismo, seria um instrumento de libertação.
A tendência da gamificação – aplicando elementos do jogo a outras áreas da vida – é o ápice da fantasia neoliberal, transformando tanto o trabalho quanto nosso tempo de lazer fora dele em uma série de jogos que supostamente gostamos de jogar por conta própria.
Alguns pensadores estão defendendo que o capitalismo, conforme definido por Marx, acabou e estamos entrando em algo semelhante a um neofeudalismo digital. Não é verdade, argumenta Evgeny Morozov. Para entender como o capitalismo opera hoje, os marxistas precisam abandonar o viés da fábrica.
Novo filme Unrest oferece aos espectadores algo que eles não encontrariam em outros lugares: um retrato vislumbrante do processo do trabalho, um papel principal para o geógrafo anarquista Pyotr Kropotkin e uma boa explicação de como os chefes lutam contra os trabalhadores pelo controle de seu trabalho.