Pelé ficou famoso durante os anos mais duros da ditadura militar. Para conseguir isso, ele igualou sua habilidade no campo com um jogo de cintura cuidadoso para evitar confrontar os poderosos - não tendo problemas em ser fotografado com generais autoritários, mas também não se opondo a convocar eleições livres.
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Já que seus colegas radicais alemães abraçaram a violência nos anos 1970, o lendário cineasta Rainer Werner Fassbinder decidiu celebrar outro caminho rumo à emancipação política: a luta de classes em seu local de trabalho.
Em O princípio esperança, o filósofo alemão Ernst Bloch constrói uma enciclopédia de esperança, catalogando o que pode ser resgatado para dar novo sentido ao pensamento utópico desde os gregos - mostrando que são os pensadores radicais que “se aventuram além” da existência que ampliam e humanizam o mundo por meio da inovação intelectual, científica e artística.
Mike Davis se obrigou a olhar para o pior de nossa sociedade e o mundo. O que ele encontrou não foi bonito. No entanto, ele nunca abandonou a busca por sementes emancipatórias – e alternativas concretas para um projeto socialista.
Nove em cada dez mortos pela polícia de Pernambuco são negros, uma estatística que se repete por todo país. Para entender como seria possível mudar radicalmente essa realidade, conversamos com o único candidato negro do Estado: o militante comunista Jones Manoel, sobre como reverter a herança escravocrata do colonialismo, rap e as ameaças golpista do governo Bolsonaro.
O diretor Jean-Luc Godard morreu aos 91 anos. Muitos de seus filmes exploram as lutas do período pós-68 – mas mesmo seu trabalho menos explicitamente político nos dá uma mensagem utópica de liberdade criativa, onde os espectadores são emancipados da rigidez estupidificante do cinema capitalista.
Manolis Glezos tinha apenas 19 anos quando despertou a resistência antinazista da Grécia ao arrancar a suástica da Acrópole. Este foi o início de uma vida dedicada à causa dos oprimidos – na qual, como ele disse, “nenhuma luta pelo que se acredita é inútil”.
Último líder soviético faleceu ontem, 30 de agosto, ganhando manchetes no mundo inteiro - e as condolências de conservadores e liberais. Seu legado abriu caminho para moldar o mundo em que vivemos hoje, assolado por um capitalismo selvagem e por conflitos cada vez mais brutais, com a posição unipolar dos EUA e disputas, inclusive, entre os países da antiga União Soviética.
Há 3 anos nos despedimos de nosso companheiro Gustavo Codas. Um socialista apaixonadamente latino-americano que escapou da ditadura paraguaia e atuou no movimento sindical brasileiro. Seu amigo Juarez Guimarães recorda seu internacionalismo e como ele nos interpela nesse momento de um novo ciclo político no continente.