Abstraindo-se das identidades produzidas pelo sistema do capitalismo racial patriarcal, “camarada” postula uma relação política entre aqueles que se comprometeram a trabalhar juntos para derrubar esse sistema, criando uma nova forma de relação entre iguais que se encontram do mesmo lado de uma luta. Assim define a teórica comunista Jodi Dean o poder da camaradagem.
Posts published in América do Sul
É possível ver o identitarismo como produto da lógica cultural do capitalismo em seu acelerado declínio econômico, político e social. Mas o debate sobre identidade não pode ficar na mão dos que acham que identitário só pode ser “o outro”.
Usando mais uma vez os argumentos da Guerra Fria, a mídia e os EUA tentam influenciar as próximas eleições em seu antigo "quintal", como disse Joe Biden recentemente. Mas a guinada à esquerda na Colômbia está se consolidando a medida que a candidatura de Gustavo Petro avança.
O escritor e biógrafo Fernando de Morais conta detalhadamente em seu novo livro como Lula conseguiu um feito histórico para esquerda brasileira: juntar operários, políticos, intelectuais, socialistas, trotskistas, comunistas e artistas para criar o PT em 1980.
Normalizar doutrinas fascistas não é uma exclusividade do Flow podcast. Na década 1930, o Estadão saudava Hitler e a editora Globo publicava Mein Kampf. Hoje, a Folha promove os devaneios da extrema direita e os liberais tentam equiparar nazismo ao comunismo para se esconderem atrás de uma falsa simetria perigosa - que fortalece a armadilha bolsonarista.
Em 10 de fevereiro de 1980, nascia o Partido dos Trabalhadores. Reproduzimos o discurso de Lula na primeira convenção do partido, no qual já articula a luta dos operários com a causa do movimento negro, feminista, ambientalista e dos povos indígenas - para a construção do socialismo.
A crítica ao imperialismo perdeu espaço no debate da esquerda internacional a partir da década de 90, a ponto de alguns intelectuais progressistas insinuarem que o conceito esteja ultrapassado. Eles estão errados. O imperialismo continua vivo, e pensá-lo rigorosamente é mais urgente que nunca.
O movimento pela abolição da polícia nos EUA ecoa pelo mundo inteiro: contra a Polícia Militar e as milícias no Brasil e os Carabineros no Chile, na revolta que eclodiu na Colômbia e nos debates sobre a letalidade da pistola de taser na Argentina. Conversamos com Alex S. Vitale, autor do best-seller "O fim do policiamento", sobre as propostas concretas para reverter essa situação.
Da dissidência comunista ao tradicionalismo ultra conservador que pavimentou a base neofascista do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho ziguezagueou por diversas ideologias até encontrar a que mais apetecia os militares e as elites ressentidas: o anticomunismo. Mas foi da tradição revolucionária, de Gramsci aos zapatistas, que ele retirou suas melhores lições estratégicas.