Os falcões de guerra constantemente citam a libertação das mulheres em apoio à invasão dos EUA no Afeganistão. Isso é uma enorme hipocrisia: durante a Guerra Fria, os EUA apoiaram os fundamentalistas patriarcais contra um partido dedicado a militar pela causa das mulheres afegãs.
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A história dos líderes da Comuna de Baku, que chegaram o poder de forma democrática e não violenta, desmente muitos dos mitos da Revolução Russa.
Há 101 anos, o governo soviético convocou revolucionários anticoloniais de todo o mundo para uma enorme assembleia na Ásia. O Congresso de Baku provou ser um divisor de águas na luta contra a dominação colonial europeia e a ascensão do Sul Global.
A vitória do Talibã no Afeganistão faz parte do mais recente fracasso do intervencionismo liberal – e demonstra mais uma vez que a democracia não pode ser construída na ponta de um míssil.
Os principais países capitalistas se dedicaram, nos últimos 80 anos, a diluir o conceito de imperialismo, uma ideia central às correntes revolucionárias na compreensão da luta de classes mundial, para substituí-lo por um vago discurso democrático capaz de maquiar interesses geopolíticos de potências bélicas e domesticar a esquerda.
Quarenta e três anos atrás, os comunistas conquistaram o Afeganistão na esperança de trazer modernidade e progresso ao país. Embora tenham implementado grandes reformas, cabe perguntar se eles estavam fadados ao fracasso.
Com um personagem sem teto, boxeador e da periferia de Tóquio, Ashita no Joe capturou o espírito de sua época, nos agitados anos 60, e se tornou um fenômeno da cultura pop japonesa - influenciando as lutas do movimento estudantil e militantes do Exército Vermelho.
Historiadores frequentemente negligenciam o movimento de protesto da Nova Esquerda do Japão no final dos anos 60, apesar de ter sido um dos maiores no mundo. Ativistas estudantis radicais fizeram parar o sistema universitário - e mudaram o futuro da política japonesa para sempre.
Uma liga comunista de estudantes fundada no Japão em 1948, os Zengakuren, concentrou poder por duas décadas e com enormes manifestações, que chegaram a ter 16 milhões de adeptos, criou fortes tensões na aliança do país com os EUA durante a Guerra Fria - encerrando em maio de 1972 a ocupação norte-americana em Okinawa.