Dona de uma trajetória política fulminante, nos últimos anos, Erika Hilton tornou-se uma das vozes mais destacadas do campo progressista. Nessa entrevista exclusiva à revista Jacobina, conversamos sobre as lutas e tarefas organizativas da esquerda brasileira diante da atual conjuntura histórica.
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Do black ao funk, os beats emanados dos paredões moldaram a cena musical brasileira nas últimas cinco décadas. Muitas vezes desdenhados por certa intelectualidade nacional, eles são o som da afirmação política negra e do enfrentamento ao racismo.
Ao longo de sua vida, a pianista maranhense transgrediu e afrontou os quadrantes conservadores da música e da política. Recontar a sua história é relembrar o papel das mulheres negras na elaboração dos sons da revolução.
O capitalismo dependente determina as condições de exploração e violência sobre a população negra brasileira. Para derrubar essa ordem social, não há saídas individuais ou escapistas, mas sim organização coletiva que entenda e enfrente a materialidade do racismo.
O livro “Marxismo Negro” de Cedric Robinson constrói uma interpretação alternativa e polêmica das lutas negras contra o capitalismo e o racismo. No momento da publicação da obra em português, é fundamental retomar os termos do debate proposto pelo autor.
Fundada na cisão da humanidade, a colônia foi o protótipo e o prenúncio das formas de vida social sob o domínio do capital. Para abolir a permanência dessa fratura, a luta revolucionária passa por reorganizar o potencial explosivo das relações entre raça e classe.
Surgido há 45 anos, o Movimento Negro Unificado é herdeiro das lutas da diáspora africana nas Américas. O seu legado de reflexões e enfrentamentos é um programa político para todos os brasileiros.
Alcançar a autonomia dos povos originários por meio da luta anticapitalista é o caminho para a preservação da identidade cultural e territorial da América Latina. O primeiro passo dessa estrada começa com a demarcação das terras indígenas.
A resistência indígena impõe contradições fundamentais à lógica da dominação capitalista no território brasileiro. Nela reside um outro projeto de país sintetizado na expressão de Sonia Guajajara: nunca mais um Brasil sem nós.