Assim como em 2009, Honduras parece pouco importante na geopolítica regional, mas certamente não é. A vitória de Xiomara Castro representa a implosão do laboratório neogolpista que se espraiou por todo continente, atingindo as democracias no Paraguai, Brasil e Bolívia.
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Maura Clarke foi covardemente assassinada neste dia, em 1980, por um esquadrão da morte salvadorenho treinado nos EUA. Ela e outras ativistas católicas conseguiram transformar o trabalho missionário em solidariedade anti-imperialista.
Nas eleições presidenciais do Chile, a corrida entre a esquerda e a extrema direita se estreitou. A Jacobin falou com o prefeito comunista Daniel Jadue sobre a dialética entre reforma e revolução, o porquê dele apoiar seu antigo rival, Gabriel Boric, e como os radicais podem construir poder em nível local.
A eleição presidencial do próximo domingo está marcada pelo processo constituinte que desmontou o legado pinochetista. Mas a direita se reorganizou para defender a herança neoliberal da ditadura e podemos ter uma polarização radical entre dois candidatos de fora do "establishment" no segundo turno.
O primeiro-ministro português António Costa convocou eleições gerais urgentes numa tentativa de acabar com sua dependência dos partidos menores de esquerda. A divisão se deve a sua recusa em reverter os ataques aos direitos trabalhistas impostos pela TROIKA nos anos em que a direita governou o país.
O governo dos EUA está implorando ao Supremo Tribunal britânico para extraditar o criador do Wikileaks. Isso seria um desastre à liberdade de expressão e os direitos humanos, visto que as prisões americanas violam os direitos mais básicos de prisioneiros políticos como Assange.
40 anos após sua morte, não há dúvida de que o Brasil sente falta da extraordinária figura de Mário Pedrosa. Defensor incansável da arte moderna, militante antifascista e difusor das idéias de León Trotski e Rosa Luxemburgo, Pedrosa foi também o primeiro afiliado do Partido dos Trabalhadores.
O filme de Carlos Marighella, que estreia hoje nos cinemas, é um excelente esforço cultural para divulgar a vida e ousadia do guerrilheiro. Mas comete o mesmo deslize do filme que retrata a luta de Carlos Lamarca, ao delegar às suas companheiras, Clara Charf e Iara Iavelberg, um papel secundário e apolítico na resistência durante a ditadura.
O declínio catastrófico da Europa entreguerras que levou ao domínio fascista pode não ser repetível no mundo de hoje. Mas uma forma diferente de política direitista e reacionária vem tomando forma e prova ser tão prejudicial quanto.