A resposta de sanitária na Argentina frente à pandemia foi muito melhor do que o desastroso governo de Jair Bolsonaro no Brasil. No entanto, à medida que os dois países buscam se recuperar da crise, ambos ficam debilitados por estarem subordinados ao sistema financeiro global e sofrem a ameaça de transformar o choque de hoje em uma crise prolongada nos próximos tempos.
Artículos etiquetados como crise
Com milhões de pessoas desempregadas, analistas de esquerda e direita reconhecem a necessidade de uma Renda Básica. Mas essa rede de segurança não será suficiente, a menos que enfrentemos nosso maior problema — um modelo econômico baseado em aluguéis caríssimos e altas dívidas pessoais.
A região administrada pelos comunistas na Índia recebeu elogios até do Washington Post e do New York Times por sua resposta ao coronavírus. O segredo? Um governo que, com o lema "distância física, unidade social", coloca o interesse público acima do lucro privado.
A falta de ajuda da União Europeia para os Estados mais atingidos pela COVID-19 é o mais recente sinal da falsa "solidariedade europeia". Como Yanis Varoufakis demonstra à Jacobin, as instituições e os burocratas estão empenhados em travar as necessidades da maioria - preferindo ver o sofrimento em massa ao invés mudar suas próprias regras.
Governo Bolsonaro segue a mesma estratégia falida de Boris Johnson, premiê de extrema-direita do Reino Unido que diagnosticou estar infectado pelo coronavírus, e Itália, país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 6 mil mortes. Para não cairmos que nem eles na falácia do “isolamento vertical”, precisamos de investimento público, distanciamento físico e solidariedade social.
A pandemia do coronavírus revelou à sociedade algo muito simples que os socialistas sempre defenderam: são os trabalhadores de baixa remuneração que fazem nossa sociedade funcionar cotidianamente — e não banqueiros, grandes proprietários de terras ou CEO’s.
À medida que a pandemia da COVID-19 se intensifica, nossas classes dominantes estão chegando à conclusão de que, na disputa entre perda de lucro e perda de vida, elas escolhem, tenebrosamente, a segunda opção.
A pandemia do coronavírus impõe enormes desafios econômicos - é hora de enfrentá-los com políticas que promovam tributação progressiva, industrialização estratégica, revitalização de bancos públicos, cancelamento de dívidas e a solidariedade internacional. Não podemos mais dar soluções privadas para problemas públicos.
Itália, o país europeu mais atingido pelo coronavírus, anunciou o fechamento quase completo do comércio, mas muito locais de trabalho não essenciais continuam operando. Agora, os trabalhadores estão entrando em greve para impedir que os patrões arrisquem suas vidas.