A remodelação da Copa do Mundo pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, marca uma nova imposição de demandas financeiras sobre a integridade esportiva básica. O futebol há muito tempo é controlado pelo dinheiro — mas sob a liderança dele, a FIFA está criando as regras visando apenas o lucro em detrimento ao esporte.
Artículos publicados por: Dave Braneck
é jornalista em Berlim, cobrindo esportes e política.
A transferência de estrelas como Neymar e Karim Benzema para a Liga da Arábia Saudita alimentou apelos para interromper a caça furtiva de grandes nomes. No entanto, o controle saudita é o resultado natural da transformação do esporte em um brinquedo para bilionários.
Os dirigentes da FIFA desejam que a Copa do Mundo seja realizada a cada dois anos, ao invés de quatro. O plano é ganhar dinheiro e mostra que as autoridades esportivas antidemocráticas não se importam com os trabalhadores, sejam eles jogadores, torcedores ou equipe técnica - colocando o lucro acima da qualidade do jogo.
O fiasco da Superliga Europeia gerou um acalorado debate sobre a ganancia e a intervenção do dinheiro no futebol, com muitos apontando o modelo alemão como uma alternativa. A propriedade de torcedores é uma etapa importante – mas só funcionará se eles forem organizados internacionalmente e pensarem politicamente.