A classe trabalhadora vivencia um massacre cotidiano e depende quase que exclusivamente dos serviços públicos de saúde mental para se cuidar. Uma esquerda que não tem medo de dizer seu nome precisa resgatar a histórica luta popular antimanicomial para reverter os danos mentais e materiais do neoliberalismo.
Artículos publicados por: Heribaldo Maia
é professor de história e integrante do projeto Mímesis.
Milhões de brasileiros descendentes de escravizados continuam sendo alvos da violência policial, da pobreza e do racismo. Seus ancestrais foram caçados, mortos e estuprados pelos bandeirantes a mando de uma elite proprietária que segue no poder. Para que essas atrocidades não continuem sendo naturalizadas, precisamos questionar as representações históricas dos opressores – a estátua do Borba Gato foi um bom começo.