Ao insistir em enquadrar a questão racial como “identitarismo”, parte da esquerda impede o debate sobre os vínculos entre raça e classe na estruturação do capitalismo dependente. Desfazer esse nó é essencial para retomar a causa da Revolução Brasileira.
Artículos publicados por: Jones Manoel
é mestre em serviço social pela UFPE, organiza livros pela editora Autonomia Literária, mantém um canal no YouTube e participa do podcast Revolushow.
Ao contrário do que pensa o senso comum, o fascismo não é uma mistura de sentimentos irracionais nutridos por ignorância ou convicção religiosa, mas uma ideologia impulsionada por contrarrevoluções com uma visão estratégica que atende a interesses bem concretos, racionais e objetivos na luta de classes. É o que mostra o célebre livro de Michael Parenti finalmente lançado no Brasil.
Nove em cada dez mortos pela polícia de Pernambuco são negros, uma estatística que se repete por todo país. Para entender como seria possível mudar radicalmente essa realidade, conversamos com o único candidato negro do Estado: o militante comunista Jones Manoel, sobre como reverter a herança escravocrata do colonialismo, rap e as ameaças golpista do governo Bolsonaro.