O ataque recente à psicanálise por Natália Pasternak e Carlos Orsi deu vazão a inúmeras e interessantíssimas respostas. É fundamental pensar no revolucionário impacto da obra de Freud ainda nos nossos dias e o que nos interessa nisso.
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Um dos textos mais polêmicos do filósofo e crítico cultural marxista Mark Fisher denuncia os excessos vampíricos do mundo virtual, mostra o esvaziamento político estratégico das redes sociais e o encastelamento pequeno burguês imposto pela economia de curtidas que apaga os laços afetivos entre as pessoas.
A discussão acerca da cientificidade do método psicanalítico vem desde os tempos de Freud e foi retomada recentemente por Pasternak e seu livro "Que bobagem!". Os autores Gonsalves e Prudente discutem alguns dos equívocos sobre psicanálise cometidos por Pasternak.
Os chatbots são máquinas de perversão e manipulam o inconsciente mais do que qualquer outra coisa, escreve Slavoj Zizek, em uma análise sobre os impactos da inteligência digital.
Em O princípio esperança, o filósofo alemão Ernst Bloch constrói uma enciclopédia de esperança, catalogando o que pode ser resgatado para dar novo sentido ao pensamento utópico desde os gregos - mostrando que são os pensadores radicais que “se aventuram além” da existência que ampliam e humanizam o mundo por meio da inovação intelectual, científica e artística.
A apressada crítica aos movimentos sociais como identitários falha em reconhecer os modos como a democracia liberal excluiu sujeitos para mantê-los sob dominação. A crítica acertada é ao identitarismo, à redução da política à mera gestão de identidades e ao imediatismo dos movimentos em limitar sua visão política aos marcos da república burguesa.
Novo livro analisa a sequência histórica que desembocou em junho de 2013, Occupy e outros terremotos políticos que abalam a política representativa até hoje, mostrando como a periferia do capitalismo voltou a ser o centro na crise da democracia liberal, onde a nova extrema direita viu uma brecha para cooptar a revolta e se naturalizar. Agora, a esquerda pode reagir - se entender onde errou.
A classe trabalhadora vivencia um massacre cotidiano e depende quase que exclusivamente dos serviços públicos de saúde mental para se cuidar. Uma esquerda que não tem medo de dizer seu nome precisa resgatar a histórica luta popular antimanicomial para reverter os danos mentais e materiais do neoliberalismo.
Mark Fisher, autor de "Realismo Capitalista", nos deixou cedo demais, em um dia como esse há exatos 5 anos. Ele sabia que depressão era um fenômeno coletivo, e não meramente individual, como afirma a ideologia dominante - e por isso nos convidava a lutar para converter o sofrimento privatizado em raiva politizada.