A direita não para de falar sobre “marxismo” e seus truques. Mas, apesar de todas as suas denúncias, os atuais especialistas conservadores e liberais continuam provando uma coisa: que não conhecem os fundamentos do pensamento de Karl Marx.
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Assim como não podemos condenar a Revolução Francesa por causa da ascensão do bonapartismo, não podemos condenar as Jornadas de Junho por causa da reação conservadora e ultraliberal que ganhou musculatura e financiamento a partir do final de 2014, surfando na onda macarthista da Lava Jato - que criminalizava a esquerda nas ruas e nas urnas.
Um ano após as mobilizações organizadas pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) contra o governo, é importante continuar analisando os processos de luta na América Latina. Do terremoto indígena do início dos anos 1990 aos assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), observamos um enriquecimento do repertório dos movimentos anti-sistémicos do Sul Global.
Em geral, os problemas nos relacionamentos são considerados questões pessoais. Mas, do estresse financeiro ao excesso de trabalho, as pressões sistêmicas do capitalismo também afetam nossa vida romântica.
A tendência de alguns marxistas modernos de colocar a reforma contra a revolução é diametralmente oposta à visão do próprio Karl Marx.
O capitalismo é construído sobre a ideia meritocrática de que todos recebem o que merecem do mercado. Isso não é verdade – a criação de riqueza é um processo fundamentalmente social e os ricos não têm o direito de acumular todos os recursos e poder.
Os militantes de esquerda frequentemente descartam as liberdades liberais, como liberdade de imprensa e religiosa, por causa da dominação capitalista. Isto está errado. Pessoas exploradas e oprimidas no mundo todo lutaram por esses direitos contra uma elite despótica.
Apesar das evidências que provam o compromisso de Martin Heidegger com o nazismo, os acadêmicos muitas vezes descartam as preocupações sobre sua política como não filosóficas. Mas dois novos livros apresentam argumentos convincentes para rejeitar essa linha de argumentação.
A revolucionária Rosa Luxemburgo nasceu neste dia em 1871. Novo livro de Michael Löwy mostra como suas ideias são fundamentais para enfrentar os desafios políticos, econômicos e ambientais do século XXI.