A apressada crítica aos movimentos sociais como identitários falha em reconhecer os modos como a democracia liberal excluiu sujeitos para mantê-los sob dominação. A crítica acertada é ao identitarismo, à redução da política à mera gestão de identidades e ao imediatismo dos movimentos em limitar sua visão política aos marcos da república burguesa.
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Karl Marx, que nasceu neste dia em 1818, trabalhou na imprensa durante toda a sua vida. Tanto seu estilo quanto seu esforço científico para investigar os conflitos sociais do seu tempo tem raízes na prática jornalística. Em tempo de crise da imprensa, dominado pela superficialidade e pelos interesses comerciais, o vigor do seu jornalismo pode servir de exemplo e modelo.
O filósofo e educador socialista Paulo Freire faleceu neste dia em 1997. A singularidade de seu pensamento foi colocar a educação da periferia do capitalismo no contexto da luta de classes entre opressor e oprimido e apontar a prática da liberdade e a radicalização da democracia como os caminhos para superar esse impasse histórico.
Novo livro analisa a sequência histórica que desembocou em junho de 2013, Occupy e outros terremotos políticos que abalam a política representativa até hoje, mostrando como a periferia do capitalismo voltou a ser o centro na crise da democracia liberal, onde a nova extrema direita viu uma brecha para cooptar a revolta e se naturalizar. Agora, a esquerda pode reagir - se entender onde errou.
A tradição liberal é um pensamento complexo com o qual os socialistas deveriam disputar com seriedade. Hoje, preservar as liberdades civis, de expressão e o pluralismo social significa rejeitar a defesa liberal cega dos direitos de propriedade privada capitalista e a concentração de poder das instituições burguesas.
Pânicos sexuais continuam acontecendo porque eles exploram os medos mais profundos dos cidadãos sobre a necessidade de proteger pessoas inocentes da "ameaça do mal" – medos que são endêmicos tanto na esquerda quanto na direita. Enquanto isso, vidas são destruídas neste processo.

O economista e filósofo austríaco liberal conservador Friedrich Hayek faleceu neste dia em 1992. Ele se tornou um dos pensadores mais influentes da direita e ajudou a esculpir os ideais do neoliberalismo através do livro O caminho da servidão, um panfleto repleto de imprecisões históricas que saiu pela culatra.
Entre a fixação histórica de Jair Bolsonaro pelo controle da natalidade e sua negligência em relação à emergência sanitária da Covid-19, há uma ideia que era comum no pensamento de Thomas Robert Malthus e hoje circula na extrema direita: os “fracos”, os pobres e os racializados são vítimas naturais num barco superpovoado prestes a colapsar.