Em vez de permitir que a direita domine as discussões sobre patriotismo, os socialistas deveriam imitar projetos de esquerda bem-sucedidos do passado que uniram o pertencimento nacional a uma política inclusiva e progressista.
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O crítico cultural Fredric Jameson faleceu mês passado, deixando para trás uma obra de incomparável amplitude e sofisticação. Robert Tally, crítico e ex-aluno de Jameson, reflete sobre como ele era como intelectual, professor e amigo.
O pensador e militante operaista italiano Sandro Mezzadra veio pela primeira vez a São Paulo, onde discutiu, sob as cinzas da gigantesca queimada que aturdiu o Brasil, temas como a crise da Europa, a reaparição do fascismo no mundo, e a emergência da China e do Sul Global na luta transicional para o comunismo.
O principal crítico literário e cultural marxista do mundo, Fredric Jameson, nos deixou esse final de semana. Ao longo da sua carreira, ele se opôs às abordagens reducionistas da cultura e a uma tradição de leitura atenta à política. Seu último livro mostra-o no auge de seus poderes, esculpindo uma nova alternativa.
Embalada numa linguagem impenetrável, a “decolonialidade” des-historiciza e culturaliza o colonialismo. É um beco sem saída político e intelectual para os socialistas.
Os teóricos da Escola de Frankfurt queriam promover um marxismo crítico que não fosse prejudicado pelo determinismo econômico unidimensional. Ao fazer isso, eles também se basearam no pensamento de Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud.
O socialismo ganha força novamente na vida das pessoas - e a direita tem surtado com isso. Os socialistas precisam explicar o que realmente defendemos: falar às pessoas sobre como cada aspecto de suas vidas é conduzido.
Nos últimos anos, as redes ajudaram a espalhar os mantras liberais, negacionistas e fudamentalista, aprofundando ainda mais as crises que esses mesmos conceitos criaram. A esquerda precisa retomar a tradição marxista e trabalhar coletivamente em prol de um horizonte transformador radical - e não se reconfortar em disputar narrativas e gerir as ruínas do neoliberalismo.
O neoliberalismo pode não estar morto, mas já não é a ideologia inquestionável do nosso tempo. Isto deixa uma enorme abertura para aqueles da esquerda que querem ver uma ordem política e econômica baseada na democracia e na solidariedade, em vez da busca desenfreada por lucro.