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"Meritocracia" originalmente não pretendia ser uma qualidade: o termo foi cunhado pelo sociólogo Michael Young para criticar governos que desistiram do objetivo de uma verdadeira igualdade social. (Ryoji Iwata / Unsplash)

Contra a meritocracia

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Tradução
Natanael Alencar

Quando o sociólogo Michael Young cunhou o termo "meritocracia", ele estava alertando contra a ideia de que deveríamos competir para provar o quão talentosos ou trabalhadores somos. Uma sociedade verdadeiramente igualitária garantiria uma existência digna para todos nós - independentemente de medidas arbitrárias de quanto nós o merecemos.

Meritocracia significa que os mais capazes dentre nós deveriam governar — e que os mais capazes deveriam chegar ao topo, independente de sua origem social. A primeira afirmação parece razoável para muitas pessoas e a segunda, obviamente justa. O mundo é complexo e em muitos âmbitos, de fóruns de justiça às cabines de avião, um nível de perícia parece não apenas desejável, mas necessário. Se nós realmente quisermos encontrar os mais talentosos, temos que garantir que todos tenham a mesma chance de provar o seu valor?

Na tentativa de colocar as cerejas no topo da cobertura, muitos liberais bem intencionados pregam o evangelho da igualdade de oportunidades. Todas as crianças deveriam ter acesso a boas escolas, à assistência de saúde e a figuras inspiradoras saudáveis, pois assim os talentos escondidos poderiam ser encontrados e receberiam ajuda em suas jornadas. Isso não é nada mais do que o famoso “american dream” do trabalho duro para subir na vida — apesar do rebaixamento do trabalho manual, o tal “trabalho duro” que abriu caminho para um foco no “talento”, seja inato ou aprendido.

Originalmente, contudo, “meritocracia” não significa algo bom: o termo foi cunhado pelo sociólogo Michael Young para criticar governos que haviam desistido de buscar uma real igualdade social. Revisitar o seu livro “A ascensão da meritocracia” nos ajuda a entender porque a “igualdade de oportunidades” empobrece o valor da igualdade — e porque nossos direitos a uma existência digna não deveria depender de nossos supostos “talentos”.

Você tinha uma única tarefa 

Membro do Partido dos Trabalhadores Britânicos, Young foi coautor de “Vamos encarar o futuro”, manifesto que ajudou na histórica vitória das eleições de 1945. Mesmo que tenha resultado em um governo importante para o estabelecimento de um estado de bem estar social na Inglaterra, Young notou que o governo de Clement Attlee começava a se mover de uma ideia de dignidade de trabalho e igualdade para todos para um conceito de “igualdade de oportunidade”.

Já em 1944, os testes “eleven-pus” haviam sido introduzidos para determinar o tipo de escola secundária que a criança deveria frequentar (por volta dos 11 anos), geralmente algo determinante para o curso de suas vidas. À mesma época, análises recentes da ascensão da “classe gerencial”  assinalaram uma nova era de especialistas e de uma hierarquia social baseada no domínio da informação.

Em 1958, Young sentou para escrever sua resposta — uma obra de ficção científica que olhava para o seu próprio presente a partir do ano de 2033. O narrador, um sociólogo ficcional, traça o desenvolvimento de uma nova ordem social, começando em 1870. Ele conta como a nobreza e os privilégios (hereditários) associados que ela trazia consigo foram lentamente quebrados graças, especialmente, aos esforços do movimento dos trabalhadores. Porém, após a vitória dos trabalhadores em meados do século XX (ou seja, mais ou menos na própria época de Young) a igualdade alcançada começou gradualmente a regredir e ser substituída por uma nova divisão de classe. Nesse cenário, não eram mais as pessoas com pais ricos que automaticamente alcançavam o topo, mas os mais inteligentes — aqueles que, com a ajuda de seus poderes intelectuais, mereciam governar. Já em 2023, o sociólogo fala de uma onda de greves e manifestações contra esse sistema, instigadas pelos, assim chamados, “populistas”.

A moldura da história é similar a de George Orwell, em 1984. E assim como o livro de Orwell cunhou novos termos que depois passaram ao uso corriqueiro, como novilíngua e Big Brother, Young introduziu o termo meritocracia, composto por merito (do latin meritus, “merecimento”) e krati (do grego kratein, “governo”). A grande diferença está na forma em que essas novas palavras inventadas foram utilizadas. Enquanto a associação de um oponente político com o mundo de 1984 é obviamente pejorativa, políticos liberais e social democratas abraçaram a “meritocracia” como se ela fosse uma boa ideia. Na verdade, a leitura do livro de Young a apresenta de uma forma muito mais desoladora.

Na sociedade que Young descreve, todo mundo passa por testes de inteligência ao longo da vida  — então, você sempre tem a chance de ascender socialmente apesar de qualquer defasagem, contanto que os testes mostrem que você é capaz. Porém você não tem nenhuma razão para reclamar do seu baixo salário ou status se o teste informa que você não é inteligente o suficiente — é apenas onde você deveria estar. Essa não era a sociedade que o movimento dos trabalhadores havia aspirado quando lutou por uma educação melhor e para abolir um sistema injusto de privilégios. Porém, suas vitórias foram capturas e manobradas para finalidades diferentes quando os denominados Fabianos ganharam poder no movimento trabalhista. De fato, de volta à realidade, a Sociedade Fabiana foi fundada em 1884 como uma organização socialista que buscava não uma completa igualdade, mas “uma nova ordem social, erigida sob as capacidades humanas, a ser criada a partir da caótica ausência de planos  da velha sociedade”. Em outras palavras: meritocracia.

“As diferenças de renda se tornaram muito amplas e apesar disso existem menos conflitos do que antes”, escreve nosso sociólogo ficcional em 2023. A razão, em parte, é que as riquezas e benefícios para os mais habilidosos e mais bem dotados parece justa porque eles trabalharam para conquistá-las ao invés de herdá-las e, em parte, porque as novas diferenças entre ricos e pobres se manifestava na forma de benefícios aos ricos e nãos apenas em salários mais altos. Paralelo a isso, o parlamento eleito é enfraquecido em favor dos “técnicos”, burocratas profissionais na administração do Estado. De forma lenta, mas convicta, o Partido Trabalhista e os sindicatos concordaram com esse compromisso.

Contudo, um pequeno grupo de pessoas ainda se apega ao princípio de igualdade, tanto em termos de renda quanto de influência: um grupo conhecido como “populistas”. Líderes femininas possuem um papel proeminente na revolta: pois mesmo as mulheres inteligentes que alcançam um status elevado ainda são vítimas do patriarcado. Mesmo no interior dessa supostamente harmoniosa ordem social, permanecem pressionadas para criarem, elas mesmas, suas proles “inteligentes” e não deixar isso a cargo de empregados “estúpidos”. Logo, mulheres que apenas haviam começado suas carreiras são solicitadas a abandonar tudo que se esforçaram para conseguir e dedicarem-se apenas ao papel de mães. A sociologia ficcional de Young conclui, ainda, que essa nova aliança de líderes feministas inteligentes e trabalhadores de esquerda não vai durar — no fim das contas, eles possuem diferentes interesses de classe.

Embora o autor reconheça que ele vive em tempos turbulentos, prevê que a atual rebelião populista será dissolvida: a sociedade está muito acomodada e a classe trabalhadora não possui liderança. Ele conclui sua dissertação sugerindo que suas previsões serão provavelmente confirmadas pelo congresso populista a ser realizado em Peterloo no ano seguinte, o qual ele pretende participar como observador. A última nota de rodapé do livro informa o leitor que ele estava enganado. Peterloo foi palco de um tumulto intenso.

O monstro que Young criou

Visto de 2021, o livro de Young mostra um arrepiante poder de predição. Ele previu que a abolição de uma elite hereditária baseada na herança de poder e riquezas poderia facilmente abrir caminho para a criação de uma outra elite, que se sentiria ainda mais no direito de gozar de seus privilégios porque ela os “mereceria”. Young também previu que as décadas de 1960 e 1970 veriam uma escalada da política radical —  um “momento” histórico para uma irrupção da esquerda. Mas ela não venceu e a sociedade se tornou mais dividida após a contrarrevolução neoliberal que corroeu o bem-estar universal e o substituiu por soluções privatizantes que intensificaram a divisão de classe. 

Young antecipou todo um espectro de consequências negativas do evangelho da “meritocracia”: o giro do movimento trabalhista para a direita, o crescente status social associado ao conhecimento e à inteligência, o aumento da desigualdade, a limitação de tempo para mulheres que queriam ser ao mesmo tempo mães e seguir com os estudos, bem como os privilégios que a classe criativa teria mesmo fora do sistema de salário. Finalmente, Young previu que a maioria das pessoas eventualmente se cansaria de ser chamada de estúpida, que a desigualdade era para o bem delas e que acabaria sendo arrebanhanda pelos “populistas”. Porém, ele não previu o papel de sua própria distopia nesse processo. Na contramão das suas intenções, a “meritocracia” seria abraçada tanto por políticos da social-democracia quanto por conservadores como uma visão positiva que deveria guiar a sociedade.

Dois dos famosos Fabianos no mundo não-ficcional, Tony Blair e Gordon Brown, levavam a meritocracia em seus corações. Para Blair, a igualdade de oportunidades para todos — uma meritocracia real — era a grande visão quando ele foi eleito primeiro-ministro em 1997, resumida no slogan “educação, educação, educação”. Tal situação frustrou Young e em um artigo de opinião em 2001, cujo título era “Abaixo a meritocracia“, ele expressou o desapontamento com a leitura incorreta do seu livro. Ele suplicou que Blair parasse de usar o termo: “é pouco provável que o primeiro-ministro tenha lido o livro, mas ele apreendeu a palavra sem atentar para os perigos do que ele está defendendo”. Young argumentou em seguida que não havia nada errado em permitir que as pessoas com certos méritos se desenvolvessem; o problema era que os supostos inteligentes e habilidosos formassem uma classe superior em si mesmo e fechassem as portas para todo o resto.

Conforme ele previu, o ensino superior se tornou, perversamente, a definição definitiva de sucesso — não apenas prometendo uma boa vida para os “inteligentes”, mas também rotulando de “perdedores” a maioria que não chega às universidades. “Eles (a classe trabalhadora) podem ficar facilmente desmoralizados ao serem julgados de forma tão agressiva pelas pessoas que se deram bem. Em uma sociedade que dá tanto valor ao mérito, é realmente difícil ser julgado como não tendo mérito algum. Nenhuma classe inferior jamais havia sido deixada tão moralmente nua como essa”, escreve Young. 

O domínio dos experts

A maioria das pessoas com uma mentalidade democrática irá argumentar que quer eleger representantes que decidam sobre as mais importantes questões da sociedade. Além disso, receber aconselhamento de pessoas com perícia em certo campo, como receber ajuda de advogados para elaborar novas leis, não é uma ameaça à democracia em si. É um sinal de inteligência ouvir pessoas que sabem muito sobre um dado tema, mas os socialistas argumentarão que perícia é algo que pertence a muitas outras pessoas além das que possuem diplomas universitários. Há muito conhecimento no chão de fábrica e nos corredores de um hospital, por exemplo. Ainda que possamos concordar que é preciso que haja alguma divisão do trabalho tanto no governo quanto na sociedade, é possível observar um fortalecimento agudo do argumento tecnocrático nas décadas recentes.

A margem de manobra dos Estados-nações é restrita por tratados internacionais, a jurisprudência tem cada vez mais voz no terreno da política e partidos ouvem com mais frequência que seus programas não podem ser implementados porque violam regras que margeiam o espaço democrático de tomada de decisões. Como consequência, as diferenças entre direita e esquerda encolheram e, em muitos países, social-democratas e conservadores que antes eram inimigos agora estão juntos em coalizão. 

Paralelo a isso, o positivismo tem conquistado terreno intelectual novamente, transformando dilemas políticos e econômicos em problemas com respostas “corretas” e calculáveis ao invés de uma questão aberta ao debate com diferentes respostas que dependem da posição política de cada um. Checagens de fatos supostamente neutras e a busca pela “verdade” assumiram o lugar que antes era ocupado pelo debate público.

Mobilidade social 

A elite profissional está solidamente conectada à meritocracia porque acredita que ela garante a todos uma chance de chegar ao topo — e que garante o devido lugar aos melhores. Mas ela mantém-se preocupada com velhos resquícios que podem minar o sistema meritocrático — e se implica em melhorá-lo. Avanços como a inclusão da mulher no mercado de trabalho e no ensino superior, bem como medidas para dirimir a explícita discriminação racial e homofóbica são todas, de acordo com o jornalista Chris Hayes, vitórias que ajudam a tornar a meritocracia mais meritocrática.

O fato de que um homem negro pôde se tornar presidente dos Estados Unidos (e que uma mulher quase tenha o feito) demonstra o quanto esse desenvolvimento tem se manifestado nas décadas recentes. Os liberais afirmam que isso também irá inspirar outros a fazer o mesmo. É verdade que a eleição de Barack Obama foi uma vitória importante e simbólica. Porém, o foco prioritário em Barack Obama e Hillary Clinton e não nas mudanças estruturais para grupos de comunidades negras e mulheres, também deixa visível a fraqueza dessa estratégia.

Em seu livro “Ouça, liberal”, Thomas Frank escreveu: “Hillary tende a ir em direção a uma versão do feminismo que é sinônima da meritocracia, no sentido de que é exclusivamente preocupada com as dificuldades que as mulheres com alto nível educacional enfrentam para chegar até onde seus talentos possam levá-las”. De fato, o interesse dela era mínimo nos bens universais pelos quais Bernie Sanders lutava, como assegurar um salário mínimo maior e o pagamento de licença maternidade/paternidade. Ela também se declarava a favor desta última, mas dizia que “não acredito, politicamente, que vamos conseguir agora”.

O foco não era conter as desigualdades, mas garantir que todos tivessem uma chance de chegar ao topo. Porém, isso traz uma questão adicional. Em uma meritocracia, os melhores — os experts, os profissionais — são alçados ao topo para o benefício de todos. Mas quem decide que habilidades devem ser recompensadas em uma sociedade? Aqueles que já se beneficiam da meritocracia não estariam tentados a recompensar as habilidades que eles próprios possuem? Existem muitos indícios que é exatamente isso que eles estão fazendo, inclusive dado o aumento de poder desse grupo em meio ao salto de desigualdade generalizada.

Se a elite governante tomou decisões neutras e apolíticas  para o bem de toda a população, então porque apenas os super ricos nos Estados Unidos se beneficiaram da crescente produtividade na sociedade desde 1970? Se eles realmente são “servos do povo”, atendendo aos interesses de todos, o que explica que, sob a liderança deles, chegamos a uma situação em que os bônus distribuídos em Wall Street em 2014 corresponderam a duas vezes o total de salários pagos a trabalhadores nos Estados Unidos? Os números não são tão dramáticos no meu país — Noruega — e em outros países com um movimento sindical forte. Aqui também, contudo, os partidos, empregadores e experts alegam que políticas que promovem desigualdade, como cortes no pagamento de auxílio doença e a não taxação proporcional dos ricos, como neutras e “baseadas em pesquisas”.

Não queremos uma meritocracia “real”

O sonho de que uma elite inteligente e bem educada deveria governar a sociedade vem de muito antes do livro de Young. Platão, por exemplo, acreditava que a democracia levaria os estúpidos ao poder e então propôs um tipo de ditadura dos filósofos. Hoje em dia, eleitores de diferentes países estão apoiando populistas como Donald Trump, Rodrigo Duterte, Marine Le Pen e Jair Bolsonaro. Isso tem feito crescer o número de cautelosas questões a respeito da democracia, se ela ainda é a melhor forma de governo ou se chegou a hora de introduzir uma meritocracia “real”.

Isso significa não apenas entregar mais poder aos burocráticas e juristas, mas também restringir a democracia. Isso é sugerido no livro Contra a Democracia, escrito em 2016 pelo influente filósofo libertário Jason Brennan. Ele argumenta que os eleitores nas sociedades democráticas são profundamente ignorantes a respeito das questões políticas e geralmente incapazes de fazer com que os políticos prestem contas. Portanto, as eleições livres são uma agressão moral à população, cujo destino deveria ser confiado a uma “epistocracia” dos melhores e mais brilhantes. As mesmas ideias são colocadas em livros como Democracia pra realistas (2016) e O mito do eleitor racional (2007).

Na medida em que o conhecimento ganha cada vez mais status e o retorno do positivismo posiciona a política como uma ciência de respostas certas e erradas, a questão para os meritocratas é a seguinte: a maioria das pessoas possui conhecimento suficiente para tomar decisões sobre “nossa complexa sociedade”? Elas leram os programas eleitorais de seus partidos — e se não, porque eles deveriam ter permissão de decidir nosso destino? O filósofo norueguês Morten Langfeldt Dahlback escreve que a meritocracia não “tem que existir às custas do bem-estar dos menos informados” porque “a maioria dos eleitores vota com base no que ela acredita ser o bem comum e as pessoas com níveis educacionais mais altos geralmente se importam mais a respeito da justiça social”. 

Essa é uma perspectiva extremamente perigosa — e sem base na experiência histórica. Pelo contrário, toda vez que uma pequena elite ganhou controle sem ter de prestar contas à maioria, as desigualdades aumentaram dramaticamente. Foi por causa disso que as pessoas da Inglaterra se reuniram em 1819, na Praça de São Pedro, Manchester, e exigiram o sufrágio universal, naquilo que ficou conhecido como Massacre de Peterloo. Foi por isso que a Revolução Francesa e a Revolução Russa aconteceram, bem como todas as outras batalhas travadas pelas grandes massas contra as elites que as governavam. Tais elites eram certamente mais “iluminadas”, do ponto de vista cultural, do que a maioria dos rebeldes, mas de forma alguma isso levou a mais justiça social. 

Hoje em dia, quando as pessoas se congregam em torno do que é descrito com desprezo como populistas, é porque eles parecem levá-los a sério, pois ao menos falam das desigualdades que elas sofrem, ao invés de dizer que é impossível agir a respeito. Se a resposta para isso é nos privar do direito de voto porque não somos “bem informados o suficiente”, o resultado certamente será dramático, mas não será mais igualdade.   

Em um artigo de 1872, o anarquista russo Mikhail Bakunin alertou contra esse entusiasmo por uma meritocracia real, um “reino de inteligência científica, o mais aristocrático, despótico, arrogante e elitista de todos os regimes”. Se aqueles com maior nível educacional recebessem carta branca para governar por causa de suas “habilidade superiores”, isso criaria, de acordo com Bakunin, “uma nova classe, uma nova hierarquia de cientistas e acadêmicos reais e fraudulentos e o resultado disso seria um mundo dividido em uma minoria governando em nome do conhecimento e uma imensa maioria ignorante”. E então, ele adiciona, “coitada da massa de ignorantes!”. Esse será nosso destino se engolirmos a ideia de que os poderosos ocupam suas devidas posições porque eles “sabem o que é melhor”.

Sobre os autores

possui mestrado em literatura pela Universidade de Oslo e é editora da revista online de esquerda Manifest Tidsskrift.

Cierre

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Published in Análise, Livros and Sociologia

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