O revolucionário caribenho Jose Prudencio Padilla nasceu neste dia em 1784. Inspirado pela Revolução Haitiana, ele ajudou Simón Bolívar a libertar a Colômbia e a Venezuela - mostrando que a luta multitudinária das classes populares pela democracia radical continua sendo a chave para superar a herança do colonialismo.
Artículos publicados por: Marcos Queiroz
é professor do Instituto Brasiliense de Direito Público. Doutorando em Direito pela UnB (sanduíche na UNAL/COL).
Nesta semana perdemos o historiador e crítico literário Alfredo Bosi para a COVID. Bosi, que identificou como poucos o núcleo escravocrata do liberalismo brasileiro e nos ajudou a pensar a política de morte da colonização, é mais uma vítima da permanência dessa ordem necrófila. Mas sua vida e obra inspiram o desejo coletivo de construir um novo futuro.
O sociólogo e político Guerreiro Ramos nasceu neste dia em 1915. Cassado durante a ditadura e silenciado pelo racismo institucionalizado, ele tentou superar o que enxergava como um academicismo colonizado da intelectualidade brasileira, mais preocupada em agradar o mundo estrangeiro do que em entender nosso povo.
Em 14 de agosto de 1791 foi proclamado o grito da Revolução Haitiana, a faísca que incendiou as lutas anti-coloniais latino-americanas e aterrorizou as elites proprietárias. A voz da liberdade encarnada pelos Jacobinos Negros assombra uma classe e inspira outra até hoje.
Em 20 de julho de 1925, nascia o revolucionário anticolonial, psiquiatra e intelectual Frantz Fanon. Sua militância na Frente de Libertação Nacional e seu trabalho sobre a psicologia do colonizado são inspirações incontornáveis para retomar a radicalidade da estratégia socialista.
A história oficial do Brasil e as esculturas de escravistas, genocidas e comerciantes negreiros demonstra como o aparelho ideológico dominado pela elite branca constrói uma verdadeira obstrução do passado. Essa não é um debate em torno da memória e do esquecimento, mas uma disputa sobre que futuro queremos construir.