Como uma praça pública para onde confluem manifestações, vozes e debates, a missão jacobina é ajudar a florescer o movimento.
Artículos publicados por: Marcos Queiroz
é editor da Jacobin Brasil e Doutor em Direito pela Universidade de Brasília. Professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Em 2011, buscando a causa de um vazamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, uma equipe de manutenção encontrou seis mensagens de operários que…
O compositor porto-riquenho Tite Curet Alonso nasceu em 12 de fevereiro de 1926. Com mais de duas mil composições, ele forjou a salsa e a consciência crítica latino-americana através da música. Por colocar em primeiro plano a nossa africanidade comum e as lutas dos subalternos, Tite deveria ser reverenciado ao lado de gente como Édouard Glissant, Manuel Zapata Olivella e Lélia González.
Os vestígios do 8 de janeiro ainda assombram a Esplanada, mas o governo faz um aceno para a reconstrução do Brasil. Em encontro com representantes da mídia independente, Lula diz que quem derrota o fascismo é o povo organizado.

O drible é uma invenção da população negra que trouxe a ginga do samba para o futebol diante do racismo que imperava entre os juízes e a classe dominante no início da popularização do esporte no país. Hoje, essa tradição, seja na metáfora futebolística ou na estratégia política, tem em Lula um de seus herdeiros - e é nosso maior craque no campo eleitoral.
O revolucionário caribenho Jose Prudencio Padilla nasceu neste dia em 1784. Inspirado pela Revolução Haitiana, ele ajudou Simón Bolívar a libertar a Colômbia e a Venezuela - mostrando que a luta multitudinária das classes populares pela democracia radical continua sendo a chave para superar a herança do colonialismo.
Nesta semana perdemos o historiador e crítico literário Alfredo Bosi para a COVID. Bosi, que identificou como poucos o núcleo escravocrata do liberalismo brasileiro e nos ajudou a pensar a política de morte da colonização, é mais uma vítima da permanência dessa ordem necrófila. Mas sua vida e obra inspiram o desejo coletivo de construir um novo futuro.
O sociólogo e político Guerreiro Ramos nasceu neste dia em 1915. Cassado durante a ditadura e silenciado pelo racismo institucionalizado, ele tentou superar o que enxergava como um academicismo colonizado da intelectualidade brasileira, mais preocupada em agradar o mundo estrangeiro do que em entender nosso povo.
Em 14 de agosto de 1791 foi proclamado o grito da Revolução Haitiana, a faísca que incendiou as lutas anti-coloniais latino-americanas e aterrorizou as elites proprietárias. A voz da liberdade encarnada pelos Jacobinos Negros assombra uma classe e inspira outra até hoje.