Nas avaliações históricas há o perigo de se cair numa ilusão de ótica anacrônica que faz uma interpretação das lutas do passado somente pelos seus resultados do presente. A faísca de Junho de 2013 não foi a semente reacionária em que vivemos. Os manifestantes queriam mais serviços públicos, não o nacionalismo protofascista e neoliberal de Bolsonaro.
Artículos publicados por: Valerio Arcary
é historiador, militante do PSOL (Resistência) e autor do livro "O Martelo da História. Ensaios sobre urgência da revolução contemporânea"(Sundermann, 2016).
O governo Bolsonaro não vai "cair de maduro", ele deve ser social e, politicamente, derrotado nas ruas ou nas urnas. Para que a esquerda saia da defensiva para uma ofensiva, Valério Arcary resgata as táticas e estratégias de Lenin e Trotsky para reverter esta crise em favor da classe trabalhadora.
Permanecem vivas as controvérsias de critérios para a apreciação histórica dos partidos políticos. Só não se pode julgar um partido por aquilo que ele pensa sobre si próprio.