O voto britânico para deixar a União Europeia é frequentemente citado como um avanço da extrema direita. Mas, à medida que os partidos anti-imigração surgem em toda a UE, a própria reivindicação da Europa de representar valores internacionalistas está cada vez mais em dúvida.
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Os centristas europeus costumam afirmar que defendem os valores liberais contra as ameaças populistas. No entanto, antes das eleições europeias de junho, os liberais adotaram os argumentos da extrema direita sobre temas que vão desde o clima até a migração — e isso não está salvando seus fracos desempenhos nas pesquisas.
Milhares de trabalhadores palestinos de Gaza estão presos em Israel em meio à explosão de violência. Israel revogou suas permissões de trabalho e suas famílias temem que eles possam ser mantidos presos — ou pior.
A economia turística de Paris depende de um exército oculto de migrantes sem documentos. Mas esses trabalhadores não estão mais felizes em permanecer marginalizados – e seus protestos por melhores condições estão se inspirando nos coletes amarelos.
As cenas trágicas que se desenrolam na Palestina e em Israel são uma lembrança arrepiante dos horrores que a ocupação cria – e da urgência de desmantelar os bloqueios e o sistema de apartheid de Israel.
Nos anos 1940, o nascente Estado de Israel já praticava ações genocidas contra os palestinos. Albert Einstein e uma série de intelectuais judeus denunciaram essas atrocidades em carta ao jornal The New York Times. O artigo se tornou terrivelmente profético sobre o problema do fascismo no país e a colaboração dos Estados Unidos.
Nos últimos anos, os Estados pertencentes à União Europeia construíram suas políticas de migração em torno de um sistema cada vez mais elaborado no que diz respeito à seleção de pessoas e às formas de expulsá-las. Além de caro e ineficiente, esse esforço para criar obstáculos é claramente anti-humano, de forma a sujeitar as vidas dos migrantes aos caprichos de recrutadores e processos burocráticos obscuros.
No início deste mês, centros presidenciais que representam 13 ex-presidentes divulgaram uma carta pedindo que os americanos 'protejam a democracia', em uma repreensão implícita a Donald Trump. Diante dos ataques dos próprios presidentes à democracia, é uma situação difícil de aceitar.
Já se passaram quatro anos desde que as forças lideradas pelos curdos derrotaram o califado do Estado Islâmico (ISIS). Mas ainda hoje, as novas autoridades no Nordeste da Síria têm que lidar com milhares de combatentes estrangeiros do ISIS, cujas terras natais se recusam a aceitá-los de volta.