Nas últimas duas semanas, seis migrantes morreram tentando cruzar o Canal da Mancha. Um trabalhador humanitário no porto francês de Calais escreve sobre as escolhas políticas que os condenam a sepulturas precoces — e a necessidade de rotas seguras para pessoas em deslocamento forçado.
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Após mais de 600 pessoas morrerem em um naufrágio em junho passado, a polícia grega buscou incriminar os sobreviventes. Um ano depois, na semana passada, eles foram finalmente absolvidos, revelando uma tendência preocupante de retratar migrantes comuns como membros de redes de contrabando humano.
Para policiar a fronteira com o México, o governo norte-americano está implementando uma série de tecnologias militares cada vez mais sofisticadas - incluindo agora cães-robôs com inteligência artificial. Esta medida promete aprofundar uma crise humanitária gravíssima.
O voto britânico para deixar a União Europeia é frequentemente citado como um avanço da extrema direita. Mas, à medida que os partidos anti-imigração surgem em toda a UE, a própria reivindicação da Europa de representar valores internacionalistas está cada vez mais em dúvida.
Os centristas europeus costumam afirmar que defendem os valores liberais contra as ameaças populistas. No entanto, antes das eleições europeias de junho, os liberais adotaram os argumentos da extrema direita sobre temas que vão desde o clima até a migração — e isso não está salvando seus fracos desempenhos nas pesquisas.
Milhares de trabalhadores palestinos de Gaza estão presos em Israel em meio à explosão de violência. Israel revogou suas permissões de trabalho e suas famílias temem que eles possam ser mantidos presos — ou pior.
A economia turística de Paris depende de um exército oculto de migrantes sem documentos. Mas esses trabalhadores não estão mais felizes em permanecer marginalizados – e seus protestos por melhores condições estão se inspirando nos coletes amarelos.
As cenas trágicas que se desenrolam na Palestina e em Israel são uma lembrança arrepiante dos horrores que a ocupação cria – e da urgência de desmantelar os bloqueios e o sistema de apartheid de Israel.
Nos anos 1940, o nascente Estado de Israel já praticava ações genocidas contra os palestinos. Albert Einstein e uma série de intelectuais judeus denunciaram essas atrocidades em carta ao jornal The New York Times. O artigo se tornou terrivelmente profético sobre o problema do fascismo no país e a colaboração dos Estados Unidos.