Para enfrentar o plano genocida de Bolsonaro precisamos politizar as ruas. Hoje sabemos que as máscaras PFF2 constituem proteção adequada para manifestações ao ar livre, quebrando a barreira que setores da esquerda tinham para não irem às ruas contra um governo mais perigoso que o próprio vírus.
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Um professor tem 3 vezes mais chance de pegar COVID do que um trabalhador da mesma idade. E por causa disso os professores entenderam que a luta na rua é mais segura do que a resignação dentro de uma sala. Não é admissível ver vans escolares transportando caixões de colegas mortos em decorrência de uma doença para a qual já existe vacina.
As horríveis cenas da Índia devastada pela COVID mostram que, quando países ricos como os EUA aumentam os lucros farmacêuticos, a desigualdade se transforma em um apartheid global da vacina. Qualquer atraso só irá aprofundar mais uma já catastrófica crise - que ceifou mais de 3 milhões de vidas e mergulhou 150 milhões de pessoas na pobreza.
Sigmund Freud lamentava com frequência o fato de que a maioria de seus pacientes pertencia às classes abastadas. Mas quando os socialistas tornaram Viena “Vermelha” depois da Primeira Guerra Mundial, pobres e ricos neuróticos ganharam acesso a tratamento gratuito - um portal para imaginar um futuro melhor.
Nesta semana perdemos o historiador e crítico literário Alfredo Bosi para a COVID. Bosi, que identificou como poucos o núcleo escravocrata do liberalismo brasileiro e nos ajudou a pensar a política de morte da colonização, é mais uma vítima da permanência dessa ordem necrófila. Mas sua vida e obra inspiram o desejo coletivo de construir um novo futuro.
Os resultados dos conflitos de classe ao longo da história foram influenciados pela forma como trabalhadores e governantes reagiram às pandemias. À medida que emergimos desta pandemia, a luta pela preservação da natureza e por regimes de trabalho mais justos é a nossa principal tarefa militante.
Em um ensaio que escreveu pouco antes de falecer, o anarquista David Graeber argumenta que, depois da pandemia, não podemos normalizar uma realidade voltada para servir aos caprichos de um punhado de ricos que desvaloriza a grande maioria de nós. Mesmo que, como fizeram em 2008, a mídia e as classes políticas tentem nos convencer a pensar assim.
À medida que a indústria da maconha legal continua a se expandir nos EUA, os sindicatos estão crescendo. Conversamos com um trabalhador da erva em Chicago, que está no meio de uma campanha sindical em Windy City Cannabis, sobre como salários baixos, condições de trabalho perigosas sob COVID-19 e a falta de "controle democrático" no trabalho levaram ele e seus colegas de trabalho a se organizarem.
Em todo o mundo, os ricos estão pulando filas com as "férias da vacina" - enquanto 130 países, onde vivem 2,5 bilhões de pessoas, esperam por uma única dose. O fim da pandemia é o início de uma nova era da desigualdade global e a luta de classe.