Samba é mais do que música e o carnaval não se limita a uma festa. Compreender o gênero que se tornou símbolo do Brasil como um movimento político é uma forma de resistência.
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Do black ao funk, os beats emanados dos paredões moldaram a cena musical brasileira nas últimas cinco décadas. Muitas vezes desdenhados por certa intelectualidade nacional, eles são o som da afirmação política negra e do enfrentamento ao racismo.
Ao longo de sua vida, a pianista maranhense transgrediu e afrontou os quadrantes conservadores da música e da política. Recontar a sua história é relembrar o papel das mulheres negras na elaboração dos sons da revolução.
O capitalismo dependente determina as condições de exploração e violência sobre a população negra brasileira. Para derrubar essa ordem social, não há saídas individuais ou escapistas, mas sim organização coletiva que entenda e enfrente a materialidade do racismo.
O livro “Marxismo Negro” de Cedric Robinson constrói uma interpretação alternativa e polêmica das lutas negras contra o capitalismo e o racismo. No momento da publicação da obra em português, é fundamental retomar os termos do debate proposto pelo autor.
Na terra da plantation, políticas públicas podem tornar o impossível ordinário. O desejo da missão interestelar de Deivinho em Marte Um explicita a ética do novo cinema brasileiro, que dá sentido às fissuras oriundas do lulismo por meio dos sonhos e utopias da gente comum.
Uma conversa com José Paulo Netto.
O drible é uma invenção da população negra que trouxe a ginga do samba para o futebol diante do racismo que imperava entre os juízes e a classe dominante no início da popularização do esporte no país. Hoje, essa tradição, seja na metáfora futebolística ou na estratégia política, tem em Lula um de seus herdeiros - e é nosso maior craque no campo eleitoral.
Precisamos pensar na emancipação do racismo não apenas através do socialismo, mas ser capaz de pensar o socialismo através das culturas da emancipação negra.