A presidente golpista Jeanine Áñez suspendeu a eleição da Bolívia pela terceira vez porque a esquerda está liderando as pesquisas. Federações sindicais reagiram com uma greve geral e bloqueios de estradas - mostrando que os poderosos movimentos sociais do país não permitirão que um regime ilegítimo continue agarrado ao poder.
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A derrota dos movimentos socialistas e progressistas, do Brasil à Indonésia, foi resultado de uma campanha anticomunista global organizada pelos EUA e apoiada por outras potências ocidentais e elites locais. Descobrimos onde surgiu o "método" para esmagar as esperanças e os sonhos da esquerda nos países emergentes - para sempre.
Em meio a crise do coronavírus, Jair Bolsonaro tenta recriar os impasses pós-1964 para ressuscitar um novo AI-5 e avançar com sua agenda de extrema-direita, mas o desfecho está mais semelhante ao impeachment de Collor em 1992.
A Bolívia ainda está sofrendo as consequências do golpe que derrubou Evo Morales no final do ano passado. Em meio à repressão, com mais de 30 mortos, perseguição aos indígenas e camponeses e a intimidação constante de uma fortificada direita no poder, a esquerda está se preparando para novas eleições presidenciais.
Analistas da imprensa corporativa continuam afirmando que Evo Morales comandou uma eleição fraudulenta e que isso o levou a renunciar. Entretanto, a “renúncia” se mostrou ser um golpe planejado e ainda não encontraram provas de que a eleição tenha sido fraudada.
Em uma entrevista exclusiva, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, conversou com a Jacobin sobre o golpe contra seu aliado Evo Morales na Bolívia e a resistência massiva contra seu sucessor Lenin Moreno no Equador, cada vez mais à direita.
Militares, policiais e fanáticos de direita orquestraram um golpe contra o governo eleito democraticamente. Mesmo com instituições internacionais denunciando a farsa, eles pretendem permanecer no poder para vender as riquezas naturais do país e perseguir seus adversários - indígenas, progressistas e os mais pobres.
A imprensa "oficial" permanece unida em oposição à esquerda na América Latina. É por isso que se recusa a afirmar o óbvio: o presidente boliviano Evo Morales foi deposto no final de semana por um golpe violento.
Desde a deposição de Árbenz até Allende e agora Morales, a América Latina sofreu muitos golpes da direita. Aqui está o historiador Greg Grandin, com algumas dicas sobre como entender o que você está vendo hoje na Bolívia.