Analisamos o Projeto de Nação, elaborado com recursos públicos por institutos militares e o alto comando do Exército, que tem como meta estratégica privatizar a educação e a saúde pública até 2035 e tutelar a democracia brasileira para proteger o país da "ameaça globalista".
Artículos publicados por: Milton Figueiredo Rosa
é administrador de empresas, com Especialização em Administração Hospitalar (PUCRS) e Marketing (FGV) e Mestrado em Administração e Negócios (PUCRS). Consultor Hospitalar, tem como hobby ler as notícias diárias e, a partir disso, escrever notas críticas.
Os militares defendem a agenda neoliberal de austeridade e pregam moralidade pública, mas não tocam nos privilégios da caserna. Além de gastos com picanha, whisky e leite condensado superfaturado, há outra mamata que se alastrou no governo Bolsonaro: o nepotismo militar.
Com a impunidade no meio militar, cevada nos tempos obscuros após o golpe de 1964, o país nunca teve estruturas sólidas o suficiente para punir o vasto histórico de corrupção entre a iniciativa privada e a caserna. Trouxemos três exemplos recentes que ilustram como funciona a blindagem de falcatruas milionárias envolvendo fundações ligadas às Forças Armadas após serem desmascaradas.
Como uma casta aristocrática, os militares vêm acumulando benefícios desde o século XIX e são os únicos que tiveram aumento no orçamento nos últimos anos, chegando a R$ 118 bilhões, igual ao ministério da Saúde. A diferença é que um atende toda população brasileira, enquanto o outro alimenta um seleto grupo com picanha, uísque, hotéis de luxo e uma nababesca previdência - desfrutada por 68 mil filhas "solteiras".