Embora no capitalismo a produção se torne cada vez mais eficiente e o lazer seja valorizado, o aumento da produtividade não leva a mais tempo livre, mas apenas à produção de mais bens e serviços e a enormes níveis de sofrimento e exploração. Em outro sistema isso poderia ser uma oportunidade histórica.
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Ao contrário do que diz a mídia, a expansão do bloco depois da última cúpula de Joanesburgo, na África do Sul, é um bom sinal de mudança global. As contradições internas dos 6 países admitidos não mudam isso, pois a possibilidade do Sul Global se integrar mais e ter sua própria moeda internacional são medidas que, na verdade, ampliam a liberdade.
A inflação é um problema distributivo que afeta classes sociais de forma distinta e o seu combate não é neutro como defende o Banco Central "independente". Novo livro revela que assim como não se aperta parafuso com martelo, não se deve combater a inflação com juros altos - desacelerando a economia e atingindo principalmente os trabalhadores.
O eterno presente do realismo capitalista se desmancha no ar mas nenhum cenário futuro é inevitável: o rentismo, a escassez, a guerra e a destruição ambiental são tão plausíveis quanto a abundância ilimitada e a energia limpa permanentemente mais barata. O sucesso no enfrentamento das mudanças climáticas dependerá de um movimento verde popular capaz de identificar e canalizar o que as pessoas desejam para a construção de um mundo radicalmente diferente.
Um adversário asiático do Fundo Monetário Internacional recebeu apoio da China. Mas sem um afastamento radical do modelo neoliberal existente, mais do mesmo financiamento internacional do desenvolvimento não é a resposta.
Os semicondutores são tão importantes para o capitalismo global hoje quanto o acesso aos recursos energéticos. Apenas um punhado de países pode produzir os microchips mais avançados e o controle sobre seu fornecimento está se tornando um campo de batalha fundamental na guerra comercial entre EUA e China.
Embora a moeda comum seja um instrumento para driblar o dólar e melhorar as condições de comércio no interior do bloco, apenas esse instrumento tem pouca chance de funcionar sem um conjunto de políticas complementares que promovam uma integração produtiva regional e mais infraestrutura, com portos, rodovias e ferrovias integrados entre os países do Cone Sul.
Não basta garantir que todo mundo tenha o suficiente: é preciso que ninguém tenha demais.
O economista polonês Michal Kalecki é frequentemente ligado à "revolução keynesiana", mas a visão de Kalecki sobre o capitalismo era muito mais radical do que a de Keynes. Suas ideias são uma ferramenta vital para entender como o sistema funciona e como ele pode ser superado.