Empresas de tecnologia como Amazon, Fast Food e Uber estão criando uma sociedade dividida entre os servidos e seus servidores, onde o “atrito” da interação pessoal é eliminado. Esse atrito é o material da conexão social - e um mundo sem ele é um pesadelo ainda maior.
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Os historiadores descreveram as elites empresariais americanas do final do século XIX como "agentes de progresso" em uma época de rápidas mudanças econômicas e sociais. Mas, através da organização de grupos como a Ku Klux Klan, muitos deles também poderiam ser chamados de "terroristas" pelo histórico de tortura, linchamento e repressão contra os trabalhadores.
Magnatas da tecnologia, atletas, artistas e empresários ricos sempre surgem em acaloradas discussões demandando a redução de impostos. Mas eles estão errados. A riqueza é criada socialmente e a redistribuição apenas permite que mais pessoas aproveitem os frutos do seu trabalho.
A tecnologia afeta tudo – trabalho, diversão, amor, política e arte. Entretanto, a versão maximalista, onde robôs, dotados de Inteligência Artificial, vão substituir trabalhadores humanos, é exagerada - mas minam a confiança dos trabalhadores e deixam as pessoas mais gratas por qualquer porcaria que se ofereça a elas.
Empresas como Uber negam sistematicamente os direitos básicos de seus funcionários, tratando-os como autônomos. Agora, a União Europeia finalmente aprovou uma legislação que força as plataformas a reconhecê-los como trabalhadores.
Não deixe que os aplicativos e as mesas de pingue-pongue te enganem: as plataformas de tecnologia são tão dependentes de uma força de trabalho miserável quanto qualquer outra empresa sob o capitalismo.
O dinheiro e o mercado não são instrumentos neutros, como a Econofísica nos ajuda a enxergar. Uma economia verdadeiramente democrática exige que superemos as deficiências de ambos - e os tokens de trabalho podem ser uma alternativa para isso.
Após décadas com a Constituição herdada da ditadura pinochetista reduzindo drasticamente os direitos dos trabalhadores, das mulheres e de outras minorias, uma nova Constituição está a caminho no Chile. A proposta abre caminho para os direitos trabalhistas coletivos, aborto, paridade de gênero, um sistema de saúde nacional público e muito mais.
Mesmo entre os economistas amigos de Karl Marx, a teoria do valor do trabalho caiu em desuso. Mas sua validade técnica é menos importante do que a mensagem central: os trabalhadores são explorados porque o valor que eles criam é tomado de forma não democrática pelos capitalistas.