Precisamos de um plano de financiamento público dos meios de comunicação que possa reavivar a capacidade de fazer reportagens investigativas mais aprofundadas, manter o poder de responsabilização e priorizar o jornalismo local. Os socialistas têm soluções.
Artículos publicados por: Paris Marx
é um escritor de tecnologia canadense. Ele é o apresentador do podcast Tech Won't Save Us e autor do livro Road to Nowhere: What Silicon Valley Gets Wrong about the Future of Transportation (Verso, 2022).
Após décadas de expansão tecnológica justificada na defesa da "liberdade de expressão", políticos que sempre ameaçaram proibir o TikTok agora estão mudando de tom. A reviravolta revela seu objetivo real: preservar o monopólio dos capitalistas norte-americanos.
Empresas de tecnologia como Amazon, Fast Food e Uber estão criando uma sociedade dividida entre os servidos e seus servidores, onde o “atrito” da interação pessoal é eliminado. Esse atrito é o material da conexão social - e um mundo sem ele é um pesadelo ainda maior.
Em vez de realizar suas promessas utópicas, a privatização da internet teve consequências terríveis: proporcionaram novos meios de exploração das pessoas marginalizadas, possibilitaram uma nova onda de radicalização da direita e ajudaram a criar um mundo ainda mais desigual. Precisamos desprivatizar a rede e resgatar o ideário da internet pública.
O vazamento dos "Arquivos Uber" revela o poder do lobby multimilionário da empresa – e como ela trabalhou com governos ao redor do mundo para minar os direitos dos trabalhadores.
A internet nem sempre foi um espaço tóxico dominado por grandes corporações ávidas por lucro. Para entender como os novos bilionários se capitalizaram com recursos públicos, privatizaram a rede mundial de computadores e destruíram sua promessa libertadora enquanto pavimentavam o caminho para extrema direita chegar ao poder, conversamos com o pesquisador radical especialista em tecnologia Paris Marx.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo que está tentando comprar o Twitter, diz que quer proteger a democracia e promover a liberdade de expressão – mas o que um megabilionário com um histórico de silenciar críticos e retaliar trabalhadores sabe sobre democracia?
Como de costume na indústria de tecnologia, as criptomoedas não foram vendidas apenas como um investimento de risco – elas também foram vendidas como um bem social. Agora que o crash das criptomoedas expôs a bolha especulativa por trás do mito da moeda descentralizada, aqueles que prometeram riqueza fácil e transformação social devem ser responsabilizados.
Elon Musk comprar o Twitter em nome da liberdade de expressão é o exemplo mais recente de sua arrogância. Em uma sociedade verdadeira democrática, o Twitter seria governado pelos usuários e trabalhadores da plataforma – não por um bilionário que nem deveria existir.