O discurso sobre uma grande substituição tecnológica sugere que a automação estaria tornando a maioria dos trabalhadores obsoletos. No entanto, a inovação não está simplesmente substituindo trabalhadores humanos – em vez disso, ela cria uma batalha sobre quem terá seus interesses servidos pelas novas tecnologias.
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O advento do capitalismo não apenas impôs um regime de tempo sobre nossas vidas no trabalho, mas também mudou o próprio significado do tempo livre.
Muitos de nós nos sentimos exaustos e insuficientes, sem alegria no trabalho e nos culpando por nossa suposta preguiça. Mas não somos preguiçosos - apenas vivemos sob um sistema econômico que quer extrair mais e mais trabalho de nós.
No início deste ano, o Spotify anunciou que daria aos artistas e gravadoras um impulso na divulgação se eles aceitassem uma taxa de royalties mais baixa – sendo que ela já irrisória. Entre as brigas pela remuneração de artistas e a sindicalização de trabalhadores de empresas de podcasts, fica claro que até mesmo o mundo do streaming há conflito de classes.
Nosso desafio é enxergar na tecnologia tanto os atuais instrumentos de controle dos empregadores quanto as precondições para uma sociedade pós-escassez.
“Faça o que você ama” é o mantra do trabalhador atual. Por que deveríamos reivindicar nossos interesses de classe se, de acordo com as elites do "faça o que você ama" como Steve Jobs, não existe essa coisa de trabalho?
Com milhões de pessoas trabalhando em suas casas, chefes totalitários estão comprando softwares de vigilância para rastrear cada clique dos seus funcionários. É o mais novo exemplo de como o capitalismo tem por base o despotismo do empregador.
Freelancers têm mais em comum com outros trabalhadores do que com pequenos empresários.