Enquanto a pandemia paralisa os movimentos ambientalistas que lutam contra a crise climática, os lobistas do petróleo e do gás têm aumentado seu acesso a subsídios públicos e se colocaram no centro dos planos de recuperação econômica no cenário pós-COVID.
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Há boas razões para se preocupar com o vírus, há razões ainda maiores para buscar derrotar o governo Bolsonaro. Se você ainda está em dúvida sobre ir aos atos de rua de hoje, médico de um dos estados mais afetados pela Covid-19 explica a melhor forma de se proteger - e protestar.
A esquerda não pode ser freio da indignação. No momento em que a revolta se espalha pelo povo e a indignação ameaça tomar as ruas, o papel dos socialistas é contribuir para a efetividade e segurança do protesto social. Só a mobilização de massas pode nos livrar da catástrofe bolsonarista.
Para enfrentar o plano genocida de Bolsonaro precisamos politizar as ruas. Hoje sabemos que as máscaras PFF2 constituem proteção adequada para manifestações ao ar livre, quebrando a barreira que setores da esquerda tinham para não irem às ruas contra um governo mais perigoso que o próprio vírus.
Um professor tem 3 vezes mais chance de pegar COVID do que um trabalhador da mesma idade. E por causa disso os professores entenderam que a luta na rua é mais segura do que a resignação dentro de uma sala. Não é admissível ver vans escolares transportando caixões de colegas mortos em decorrência de uma doença para a qual já existe vacina.
As horríveis cenas da Índia devastada pela COVID mostram que, quando países ricos como os EUA aumentam os lucros farmacêuticos, a desigualdade se transforma em um apartheid global da vacina. Qualquer atraso só irá aprofundar mais uma já catastrófica crise - que ceifou mais de 3 milhões de vidas e mergulhou 150 milhões de pessoas na pobreza.
Sigmund Freud lamentava com frequência o fato de que a maioria de seus pacientes pertencia às classes abastadas. Mas quando os socialistas tornaram Viena “Vermelha” depois da Primeira Guerra Mundial, pobres e ricos neuróticos ganharam acesso a tratamento gratuito - um portal para imaginar um futuro melhor.
Nesta semana perdemos o historiador e crítico literário Alfredo Bosi para a COVID. Bosi, que identificou como poucos o núcleo escravocrata do liberalismo brasileiro e nos ajudou a pensar a política de morte da colonização, é mais uma vítima da permanência dessa ordem necrófila. Mas sua vida e obra inspiram o desejo coletivo de construir um novo futuro.
Os resultados dos conflitos de classe ao longo da história foram influenciados pela forma como trabalhadores e governantes reagiram às pandemias. À medida que emergimos desta pandemia, a luta pela preservação da natureza e por regimes de trabalho mais justos é a nossa principal tarefa militante.