A imprensa internacional tem feito uma cobertura terrível do presidente de esquerda mexicano e sua resposta à crise do coronavírus. Enquanto as autoridades mundiais de saúde tem elogiado a abordagem do país, a mídia — imitando cegamente a oposição de direita — o critica irracionalmente.
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Seja pelo impeachment, pela cassação da chapa via TSE ou por uma insurreição popular, precisamos derrubar o presidente e os programas de austeridade para superar a pandemia do coronavírus antes que sejamos tragados para uma derradeira tragédia social.
A gripe espanhola de 1918 infectou um quarto da população mundial e foi decisiva para a ascensão dos sistemas públicos de saúde. Atualmente, a crise da COVID-19 está novamente mostrando que problemas coletivos exigem soluções coletivas - e um Estado que forneça todas as nossas necessidades essenciais.
Nas últimas décadas, a narrativa de que "não há alternativa" se tornou hegemônica e as crises deixaram de ser o momento esperado pelos revolucionários e transformaram-se numa oportunidade para silenciar as lutas. Será esse o caso novamente mesmo que a pandemia esteja provando que nossos programas que, até ontem, eram impensáveis estão sendo implantados em questão de horas para salvar o maior número de vidas?
A recente estatização de hospitais privados para oferecer leitos a toda população é um bom exemplo da mobilização do governo progressista do PSOE-UP para reverter os impactos da pandemia. As enfermarias sobrecarregadas de países como a Espanha demonstram como as políticas neoliberais dilapidaram a saúde publica durante as últimas décadas.
Se pretendemos evitar o pior cenário da crise do coronavírus e nos poupar de um sofrimento inimaginável, temos que combater — e até estatizar — as empresas que estão tentando lucrar com essa crise às custas do resto da população. Assim como já fizeram na Segunda Guerra Mundial para combater o fascismo.
Frente ao isolamento para combater o coronavírus, o Estado deveria agir para garantir mais direitos aos entregadores e um abastecimento mais democrático e tranquilo de alimentos nas cidades – e começar a estatizar plataformas como Uber Eats, iFood e Rappi.
Governo Bolsonaro segue a mesma estratégia falida de Boris Johnson, premiê de extrema-direita do Reino Unido que diagnosticou estar infectado pelo coronavírus, e Itália, país europeu mais atingido pela pandemia com mais de 6 mil mortes. Para não cairmos que nem eles na falácia do “isolamento vertical”, precisamos de investimento público, distanciamento físico e solidariedade social.
As criminosas sanções contra Cuba, Venezuela, Irã, Coreia do Norte, Palestina e Iêmen já são devastadoras em “tempos de paz”. Com a pandemia do COVID-19, elas estão sufocando ainda mais a população desses países e precisam parar imediatamente em nome da saúde pública universal.