A compreensão alemã da era nazista é muitas vezes vista como um modelo de como um país lida com seu passado. Mas os limites dessa experiência também têm muito a nos ensinar sobre a construção de uma cultura da memória pública baseada em um universalismo radical.
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Na sabotagem ocidental contra líderes da libertação nacional, que desempenhou um papel central no assassinato do radical congolês Patrice Lumumba, não é dada a devida atenção ao vergonhoso papel da CIA na África. Mas um novo livro pretende corrigir isso.
Este mês completa 10 anos que o ativista Aaron Swartz nos deixou. Militante prodígio pela internet livre, ele participou de projetos importantes para democratizar o acesso ao conhecimento para todos e fornecer meios seguros para jornalistas receberem vazamentos - o que acabou fazendo dele um alvo das Big Techs e do Estado norte-americano.
Os historiadores descreveram as elites empresariais americanas do final do século XIX como "agentes de progresso" em uma época de rápidas mudanças econômicas e sociais. Mas, através da organização de grupos como a Ku Klux Klan, muitos deles também poderiam ser chamados de "terroristas" pelo histórico de tortura, linchamento e repressão contra os trabalhadores.
Magnatas da tecnologia, atletas, artistas e empresários ricos sempre surgem em acaloradas discussões demandando a redução de impostos. Mas eles estão errados. A riqueza é criada socialmente e a redistribuição apenas permite que mais pessoas aproveitem os frutos do seu trabalho.
A democracia faz parte da luta por um mundo mais igualitário – mas também carrega consigo questões confusas e contraditórias que sempre confrontarão a humanidade.
A tecnologia afeta tudo – trabalho, diversão, amor, política e arte. Entretanto, a versão maximalista, onde robôs, dotados de Inteligência Artificial, vão substituir trabalhadores humanos, é exagerada - mas minam a confiança dos trabalhadores e deixam as pessoas mais gratas por qualquer porcaria que se ofereça a elas.
Incapaz de criar novos universos, a industria cultural tem apostado em monetizar nossas nostalgias. Mas a obsessão contemporânea com universos paralelos e franquias do passado talvez seja, paradoxalmente, mais um sintoma de nossa incapacidade de pensar novos futuros.
A compreensão convencional do marxismo como antirreligioso está errada. Como argumentou o filósofo Alasdair MacIntyre, o cristianismo e o marxismo inspiraram na humanidade um senso radical de esperança para construir um mundo mais justo.