Em 2016, descobrimos que, para alguns "progressistas", o melhor momento para radicalizar é nunca. Em 2020, não podemos aceitar essas falácias liberais.
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Falecido há 3 anos, o escritor socialista Mark Fisher foi quem melhor descreveu as maneiras pelas quais o neoliberalismo desapoderou os trabalhadores e como a falta de reação da esquerda acabou sendo o maior desafio para reconstruir a política de classe no século XXI.
A nova coalizão governamental entre o PSOE e Podemos é uma oportunidade histórica para a esquerda espanhola, que não se via desde a guerra civil na década de 1930. Após anos em crise e com a ascensão de nacionalistas, Podemos pode voltar a pautar a luta contra a austeridade.
O resultado eleitoral no Reino Unido aponta para um profundo problema na política mundial hoje: a atração gravitacional de priorizar o combate cultural ao econômico – um resultado que divide consistentemente a esquerda e entrega a vitória à direita.
O resultado das eleições britânicas foi um golpe devastador. Permitir que os Conservadores se apresentem como defensores do Brexit garantiu a derrota - e entregou áreas trabalhistas históricas para o partido dos patrões. Entretanto, com uma organização socialista mais ousada, teremos mais chances para tomar o poder.
Em busca das riquezas oriundas do petróleo e da mineração, o Partido Conservador Britânico montou uma agenda há dez anos para defender o "livre comércio". Hoje, está provado que ela serviu para intervir no Brasil, Venezuela, Bolívia, Honduras e Colômbia. As próximas eleições, com Jeremy Corbyn, abrem uma brecha para reverter esse cenário.
As cenas de milhares de alemães passando pela travessia do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 são lembradas como o fim da Guerra Fria. Mas, em 4 de novembro, cerca de um milhão de pessoas havia se manifestado a favor de uma reforma: eles queriam criar o socialismo democrático na Alemanha Oriental.
Na última eleição interna, a base do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) desafiou a cúpula partidária para eleger uma dupla de esquerda à liderança - que pode pôr fim à “grande coalizão” com a centro-direita católica e dar nova vida à política socialista do país.
Os ousados planos do Partido Trabalhista britânico para reformar o futebol - redistribuindo riqueza dos clubes mais ricos e possibilitando que os torcedores possam comprar ações dos times e demitir dirigentes - poderiam salvar o esporte de mãos dos cartolas e oligarcas.