A pandemia do coronavírus impõe enormes desafios econômicos - é hora de enfrentá-los com políticas que promovam tributação progressiva, industrialização estratégica, revitalização de bancos públicos, cancelamento de dívidas e a solidariedade internacional. Não podemos mais dar soluções privadas para problemas públicos.
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Em meio a crise do coronavírus, Jair Bolsonaro tenta recriar os impasses pós-1964 para ressuscitar um novo AI-5 e avançar com sua agenda de extrema-direita, mas o desfecho está mais semelhante ao impeachment de Collor em 1992.
À medida que o coronavírus se espalha rapidamente pelo mundo, ultrapassando nossa capacidade de combate-lo, o "inimigo invisível" revela o inevitável: um capitalismo global impotente diante de uma crise biológica. Precisamos construir urgentemente uma infraestrutura de saúde pública internacionalmente adequada.
Todos nós merecemos um Estado funcional que possa prover a todos, e uma sociedade que valorize a solidariedade acima de tudo. É a única coisa que pode nos levar a superar a pandemia de coronavírus.
As reformas liberais, como o "teto dos gastos", não entregaram o resultado prometido e sucatearam ainda mais os serviços públicos voltados à saúde, ciência e educação. Para reverter esse cenário de desmonte e enfrentar a pandemia precisamos derrubá-las.
Após a crise de 2008, as autoridades européias salvaram os bancos, mas forçaram os Estados a reduzirem investimentos. Agora, diante do coronavírus, os serviços hospitalares atingidos pela austeridade estão implodindo – e o Banco Central Europeu está novamente ajudando os mercados financeiros, não os sistemas públicos de saúde.
A crise do coronavírus expôs a fragilidade do capitalismo global. Apenas investimentos públicos significativos na escala de um Green New Deal podem impedir um aprofundamento ainda maior da crise econômica.
O coronavírus está reforçando o argumento antimonopólio - fontes únicas de suprimento para todos os tipos de necessidades médicas essenciais estão levando à escassez e podem causar prejuízos à saúde pública e aumento de preços nos medicamentos.
A resposta ao coronavírus mostra que nem as maiores potenciais mundiais estão preparadas para uma epidemia global. Precisamos desesperadamente de um sistema de saúde pública que rejeite o filantrocapitalismo e priorize a saúde preventiva sobre a ganância e os lucros das empresas farmacêuticas.