Em 2008, as elites nos disseram para não "politizar" o colapso financeiro e acabamos passando por uma década de austeridade no ocidente enquanto a China salvava a economia global de uma nova Grande Depressão. A crise do coronavírus reformulará a economia e agora é a hora de apresentarmos os argumentos certos para não repetirmos os mesmos erros.
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À medida que o coronavírus se espalha rapidamente pelo mundo, ultrapassando nossa capacidade de combate-lo, o "inimigo invisível" revela o inevitável: um capitalismo global impotente diante de uma crise biológica. Precisamos construir urgentemente uma infraestrutura de saúde pública internacionalmente adequada.
As medidas de austeridade não economizam dinheiro realmente. Mas elas enfraquecem o poder dos trabalhadores. É por isso, acima de tudo, que os governos as seguem.
O coronavírus está reforçando o argumento antimonopólio - fontes únicas de suprimento para todos os tipos de necessidades médicas essenciais estão levando à escassez e podem causar prejuízos à saúde pública e aumento de preços nos medicamentos.
A resposta ao coronavírus mostra que nem as maiores potenciais mundiais estão preparadas para uma epidemia global. Precisamos desesperadamente de um sistema de saúde pública que rejeite o filantrocapitalismo e priorize a saúde preventiva sobre a ganância e os lucros das empresas farmacêuticas.
Os efeitos do desmonte neoliberal são perversos e suas consequências são dramáticas, com o país vivendo a mais lenta recuperação econômica de sua história. Para reverter este cenário, não há alternativa senão a luta de classes.
Desde 2016, a União Europeia terceirizou a repressão para a Turquia, subornando o regime de Erdogan para impedir a chegada dos refugiados no velho continente. Mas quando Istambul abandonou o acordo, o papel de guarda das fronteiras da Europa caiu no colo da Grécia - com consequências mortais para apátridas e despossuídos.
Uma mistura tóxica de sofrimento econômico, racismo e declínio da vida comunitária preparou o terreno para o populismo autoritário nas áreas rurais devastadas dos EUA. O trumpismo não será derrotado, a menos que a esquerda possa promover uma agenda progressista para reconstruir o meio rural.
A extrema-direita dominou as redes com uma visão crítica à globalização neoliberal. É chegada a hora de um novo internacionalismo, verdadeiramente progressista, que coloque solidariedade entre os povos, preservação do meio ambiente e justiça social acima dos lucros corporativos.