Após o colapso do governo tecnocrático, o partido de extrema direita de Giorgia Meloni, que tem laços diretos com o passado fascista, está a caminho da vitória nas eleições no final deste mês. Ela está se beneficiando da indulgência da mídia – e do fracasso da centro esquerda em explicar como pode tirar o país de sua longa decadência.
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A proibição do partido neonazista Aurora Dourada foi apontada como prova do retorno da Grécia à normalidade após os dolorosos anos de crise. No entanto, ideias de extrema direita estão agora firmemente estabelecidas na sociedade e na maior parte dos partidos, inclusive dentro do atual governo neoliberal.
A nova presidente socialista de Honduras, Xiomara Castro, tomou posse em janeiro. Em seus primeiros meses no cargo, ela priorizou desmantelar a agenda antitrabalhista, entreguista e pró-capital que a ditadura montou na última década após o golpe.
Como demonstra o recente acordo entre o Reino Unido e Ruanda, os estados do Ocidente estão construindo um vasto aparato de prisões para refugiados em países pós-coloniais - deportando-os em condições distópicas desprovidos de direitos para "reeducá-los".
O assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh e os ataques ao seu funeral expõem a brutal realidade dos palestinos para o mundo – que a Nakba, que é relembrada neste fim de semana, continua a todo vapor.
A campanha presidencial de Éric Zemmour não foi bem – mas ajudou Marine Le Pen a projetar uma imagem moderada, inclusive denunciando seus apoiadores neonazistas. Longe de ser um obstáculo, Zemmour ajudou a atrair os eleitores tradicionais da extrema direita para ela.
A oposição unida da Hungria abandonou a política de classe, resultando em uma vitória esmagadora de Viktor Orbán – uma lição de que ficar contra a extrema direita sem construir uma verdadeira alternativa não é suficiente.
Mimmo Lucano transformou a cidade de Riace, no sul da Itália, em um modelo de integração para refugiados – e se tornou alvo de acusações criminais politicamente motivadas pela direita. Seu recurso, lançado esta semana, decidirá se ele terá que passar 13 anos atrás das grades.
Entre a fixação histórica de Jair Bolsonaro pelo controle da natalidade e sua negligência em relação à emergência sanitária da Covid-19, há uma ideia que era comum no pensamento de Thomas Robert Malthus e hoje circula na extrema direita: os “fracos”, os pobres e os racializados são vítimas naturais num barco superpovoado prestes a colapsar.