Em julho de 1940, o notório regime de Vichy tomou o poder na França dominada pelos nazistas. O fascismo ao estilo de Vichy não era simplesmente uma planta alemã em solo francês - inspirou fortes correntes reacionárias na política e na sociedade francesas.
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O surrealista Georges Bataille acreditava ser necessário construir desvios antifascista para arrancar a população da inércia e enfrentar a imobilização causada por regimes autoritários. As revoltas antirracistas e a rebeldia dos entregadores fazem reverberar esse mesmo espírito.
Os liberais tentam falsificar seu passado para se inserirem na eminente luta antirrascista, mas esquecem que seus valores, como da propriedade privada, que há poucos séculos envolvia os corpos de negros e mulheres, fundamentam toda a exploração capitalista.
O pedreiro anarquista Lucio Urtubia fez seu nome roubando bancos para financiar revolucionários clandestinos na Espanha e forjando documentos para o Baader-Meinhof e os Panteras Negras. Para ele, não havia nada de criminoso em suas expropriações de empresas como o Citibank – argumentando que “quem rouba um ladrão é mil vezes perdoado”.
Em 20 de julho de 1925, nascia o revolucionário anticolonial, psiquiatra e intelectual Frantz Fanon. Sua militância na Frente de Libertação Nacional e seu trabalho sobre a psicologia do colonizado são inspirações incontornáveis para retomar a radicalidade da estratégia socialista.
Uma política focada na identidade individual, que tem seu limite na inserção pelo consumo, é insuficiente para enfrentar uma estrutura racista baseada em um exército de trabalhadores precarizados e na marginalização de corpos matáveis. Como aponta uma vasta literatura crítica, que vai de Karl Marx a Achille Mbembe, precisamos mudar radicalmente a ordem social. E isso só será possível se aliarmos a luta antirracista com a luta de classes contra as estruturas capitalistas.
Revolucionária, escritora e poetisa, a militante negra Assata Shakur, que vive hoje no exílio em Cuba, nasceu neste dia em 1947. Perseguida pelo FBI por seu engajamento nos movimentos radicais de libertação negra, fez uma fuga cinematográfica da prisão e se engajou na luta internacional anti-imperialista. Seu legado ecoa nos protestos do Black Lives Matter, nas favelas do Brasil, nas revoltas antirracistas.
Técnico de futebol, jornalista e comunista, João Saldanha faleceu em 12 de julho de 1990. Amigo do guerrilheiro Carlos Marighella, ele via no futebol uma arte popular e um terreno de luta. Embora tenha classificado a seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1970, pagou caro por denunciar os crimes da ditadura - mas nunca perdeu a coragem.
A luta anticolonial do século XX não era apenas sobre a conquista da independência política – era sobre o despedaçamento das hierarquias globais que subjugavam o Sul Global e sobre a luta por um mundo mais igualitário para todos.