Como de costume na indústria de tecnologia, as criptomoedas não foram vendidas apenas como um investimento de risco – elas também foram vendidas como um bem social. Agora que o crash das criptomoedas expôs a bolha especulativa por trás do mito da moeda descentralizada, aqueles que prometeram riqueza fácil e transformação social devem ser responsabilizados.
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Criptomoedas como o Bitcoin tiveram grandes quedas nas últimas semanas. Infelizmente, não estamos vivendo o fim da criptomoeda - mas espero que a narrativa sobre ser "o dinheiro do futuro que nos tornará ricos" tenha se mostrado ser uma bela propaganda enganosa.
Elon Musk comprar o Twitter em nome da liberdade de expressão é o exemplo mais recente de sua arrogância. Em uma sociedade verdadeira democrática, o Twitter seria governado pelos usuários e trabalhadores da plataforma – não por um bilionário que nem deveria existir.
Os trabalhadores de tecnologia ocupam uma posição contraditória na atual estrutura de classe. Por um lado, muitos são bem pagos e se identificam tanto como profissionais liberais quanto com os patrões. Por outro, os aspectos proletarizados de seu trabalho podem oferecer oportunidades a serem aproveitadas para se organizarem como trabalhadores - sendo a linha de frente mais forte contra a ameaça representada pelas grandes empresas de tecnologia.
A Suprema Corte recusou a permissão de Julian Assange, fundador do Wikileaks, para apelar contra a extradição para os EUA – estabelecendo um precedente que põe em perigo todo jornalista cujo trabalho ameace os interesses do imperialismo.
O novo projeto do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, não é uma utopia — é outra oportunidade para as Big Techs colonizarem nossas vidas, sobretudo no trabalho, em nome do lucro e da vigilância.
Documentos inéditos obtidos pela Jacobin revelam que os EUA intervieram nas eleições venezuelanas treinando forças da oposição para usar o Facebook contra o partido do presidente Nicolás Maduro.
Os seres humanos gostam de diversão coletiva - e de preferência pública, como o Wordle. Mas o capitalismo, com seu impulso implacável para privatizar, insiste que os entretenimentos são melhor experimentados como atividades individualizadas e solitárias.
Ao privilegiar o imediatismo e o afeto, a realidade virtual e aumentada exige que nos submetamos aos nossos sentidos. Mas a cultura não é apenas uma questão de sentimento – é também uma forma de conhecer e compreender o mundo.