Se Joe Biden conseguiu se sair vitorioso, apesar da falta de brilho de sua campanha, é porque o eleitorado sentiu a necessidade urgente de um presidente que se concentrasse na crise do coronavírus, em vez de se queixar de bichos-papões culturais. A maioria das pessoas se preocupa mais com suas condições materiais do que com fantasias reacionárias.
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Desde a sua criação, o Colégio Eleitoral tem se destacado como uma das instituições políticas mais impopulares. A longa história de tentativas de reforma fracassadas não tornou esta instituição antiquada menos antidemocrática - é hora de finalmente abolirmos esse poder oligárquico que vem beneficiando o Partido Republicano há décadas.
Joe Biden e os democratas têm se recusado a articular uma visão política alternativa que bata de frente com a visão distorcida e reacionária de Donald Trump. Parece que Trump perdeu, mas sem criar uma alternativa para derrotá-lo, o trumpismo pode retornar com uma vingança daqui a quatro anos.
Mais de 31 milhões de adultos que vivem nos EUA estão legalmente proibidos de votar nas eleições. Essa é uma violação obscena. Houve um tempo em que parecia igualmente sensato dizer que apenas homens brancos com propriedade deveriam ter esse direito.
Desde George W. Bush, o movimento conservador têm destruído a democracia internamente ao restringir a votação e judicializar o processo democrático - porque sabem que seu projeto oligárquico é impopular e não podem vencer de forma justa.
Orlando Gutiérrez, militante socialista e líder sindical, foi assassinado por uma milícia fascista na Bolívia. Ele deu sua vida na luta pela democracia, direitos trabalhistas e o socialismo. Seu legado deve ser lembrado pelo mundo mais justo que ele tanto lutou em defesa – mas que, lamentavelmente, nunca conseguiu ver.
Exilado na Argentina, ex-presidente golpeado Evo Morales contou à Jacobin sobre a sua história na luta anti-imperialista, os meandros que motivaram o golpe militar ano passado em conluio com os EUA e por que o partido MAS está preparado para vencer as eleições presidenciais deste mês.
A militante feminista Adriana Guzmán faz um balanço do governo do Evo Morales na Bolívia, detalhando a relação do MAS com os setores populares e as debilidades mediante o avanço da direita. Ela argumenta que o golpe teve duas etapas, uma primeira para desmoralizar e intimidar os indígenas e uma segunda jurídica para a elite retomar o poder.
Após a eleição boliviana, a OEA alegou que o resultado era fraudulento - demorando meses para fornecer qualquer prova. Mês passado, finalmente divulgou os dados e pesquisadores do Center for Economic and Policy Research encontraram um erro básico de codificação que destrói o caso da OEA contra Evo Morales.